Como o uso de dados pode impactar na assistência? Esse tema foi abordado durante o Congresso de Engenharia, Arquitetura e Logística, promovido pela Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH). O evento faz parte da programação da Feira + Fórum Hospitalar 2017, que acontece em São Paulo.
“Para a evolução da medicina, precisamos desenvolver um banco de informações internacionais. As organizações de saúde, os governos e as grandes instituições podem trabalhar juntos para a formação desse banco de dados”, defendeu o palestrante Luiz Antonio Nasi, professor adjunto do departamento de medicina interna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Na ocasião, o especialista destacou duas iniciativas internacionais que têm como base a análise de grande volume de dados – Big Data, em inglês. Conheça as ferramentas:
Sistema ICHOM (International Consortion for Health Outcomes Measurement)
O projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto Karolinska, de Estocolmo (Suécia). Consiste em uma série de medidas de desfecho padronizadas para condições diversas, sempre com foco na qualidade de vida do paciente a médio e longo prazos.
A metodologia de avaliação conta com entrevistas telefônicas pós-alta, com duração de 10 a 15 minutos. Para pacientes que tiveram AVC, por exemplo, o cronograma de questionários conta com contatos 90 dias após a admissão e anualmente nos 5 anos seguintes.
A partir das respostas, os médicos podem comparar os resultados assistenciais de seus pacientes com os de demais instituições que utilizam a métrica e aprender com seus pares internacionais. Para saber mais, acesse www.ichom.org.
DRG (Diagnosis Related Groups)
Nessa metodologia, a partir das informações obtidas na admissão do paciente sobre diagnóstico principal, comorbidades, idade e procedimentos cirúrgicos, atribui-se um código numérico. O número representa o grau de criticidade do paciente e o tempo de internação correspondente estimado.
Para cada DRG específico é atribuído um peso. Quanto maior o peso, maior é a complexidade do caso. A ferramenta, bastante utilizada para calcular o custo do tratamento, também permite a comparação entre as práticas médicas, identificando o seu grau de adequação. “Entramos aí na intimidade do atendimento médico”, destaca Nasi.
O palestrante alertou, porém, que é importante que tais métricas comparativas sejam utilizadas como forma de estimular o profissional de saúde a adotar melhores práticas, e não ser utilizado apenas como instrumento para cobrança de resultados.
Leia também:
Brasil e Alemanha juntos para inovar na saúde
10 tecnologias que vão mudar a saúde
Conheça o 1° hospital digital da América Latina
Conheça o Watson e seu uso na saúde
Acompanhe os canais da Seguros Unimed e as novidades sobre a Feira Fórum Hospitalar 2017: Twitter, Facebooke Linkedin.