O custo elevado para abrir e manter a própria clínica acaba inviabilizando o sonho de muitos médicos, especialmente os recém-formados. No entanto, os coworkings médicos vêm ganhando cada vez mais atenção dos profissionais de saúde que desejam ter o próprio negócio e ainda não podem arcar com toda a estrutura de um consultório.
Os coworkings médicos são espaços compartilhados no qual o profissional de saúde aluga salas individuais para atender os seus pacientes. Dessa forma, o médico tem flexibilidade na agenda e não precisa se preocupar com a administração do local, gestão de pessoas e custos com manutenção.
Geralmente, a modalidade utiliza o método pay per use (em tradução livre significa pague pelo uso). Na prática, se o médico tiver duas consultas de uma hora cada em um dia, ele vai pagar apenas pelas duas horas utilizadas, e não o período todo.
No mercado ainda existem opções de coworking médico que oferecem salas para atendimentos ambulatoriais com a estrutura completa de uma clínica e preços mais atrativos. Na Livance, por exemplo, o profissional paga uma mensalidade e conta com secretária para fazer os agendamentos de consultas pelo telefone ou internet, número de telefone exclusivo, cartão de visitas, entre outros. Ao atender o paciente, há custo adicional de R$ 1 por minuto pelo uso da sala.
“Com a pandemia, reforçamos a limpeza de todas as superfícies. Estamos disponibilizando, sem custos, luvas e aventais descartáveis. Também criamos na nossa plataforma um novo tipo de atendimento chamado ‘Consultório Virtual’, que possibilita aos nossos membros atenderem de suas casas, com todos os benefícios do agendamento via secretárias Livance e confirmação de consultas”, diz Claudio Mifano, sócio-fundador da Livance.
O coworking médico pode ser uma opção interessante para o profissional que já tem clínica e foi impactado pela crise econômica da Covid-19. Com o baixo volume de consultas, é essencial avaliar as receitas e despesas, e buscar formas de reduzir os custos sem perder os pacientes.
Dicas para reduzir custos em 2021
Roberto Lobos, executivo de finanças da Innovativa Executivos Associados, diz que neste momento é importante priorizar o caixa da empresa. “Só assim existe a possibilidade de sobrevivência e sucesso da atividade. Portanto, é imprescindível que reconsidere todos os tipos de desembolsos de forma a verificar o que pode ser evitado ou mitigado, revisar contratos de serviços que são necessários ao desenvolvimento da atividade, analisar níveis de estoques de todos os produtos e ficar atento aos sinais do governo”, afirma.
Além de revisar todas as receitas e despesas, é fundamental ter planejamento financeiro para conseguir fazer uma gestão financeira eficiente e avaliar o crescimento da clínica. De acordo com Lobos, os empreendedores devem testar a evolução das atividades nos cenários otimista e pessimista, e se certificar de que a saúde financeira será preservada.
“A gestão financeira eficiente é desenvolvida no dia a dia, nas pequenas economias, evitando desperdícios e gastos desnecessários, eficiência na administração das receitas e do caixa”, finaliza.


















