Ter o próprio consultório e o sonho de grande parte dos médicos, especialmente os recém-formados. Como nem sempre isso é viável, o profissional acaba tendo que encontrar alternativas para atender seus pacientes. A mais comum é o aluguel de espaço em um consultório. Contudo, desponta no mercado uma opção: os coworkings médicos.
Neles, utiliza-se o método pay per use (pague pelo uso, em tradução livre), cuja principal característica é a flexibilidade de agenda. Assim, o profissional da saúde aluga o consultório apenas quando for usá-lo de fato.
“Outro diferencial é que você paga por um espaço que dispõe de toda a infraestrutura necessária para que execute seus atendimentos, com mesas, cadeiras, salas de reunião, treinamento, internet, recepcionista, caixa postal, segurança, localização privilegiada, entre outros”, enumera Bruno Fernandes, professor, coordenador de Pós-graduação dos cursos de Gestão do Grupo Ser Educacional e empresário.
Apesar das inúmeras vantagens, este modelo não é indicado em todos os casos – para alguns profissionais da saúde, ainda vale a pena alugar um espaço físico em uma clínica ou consultório.
Consultório alugado ou coworking?
Antes de tomar a decisão, é preciso ter em mente que não há um modelo melhor que o outro universalmente.
De acordo com Stephen Stefani, oncologista e professor de Economia da Saúde da Faculdade Unimed, os coworkings médicos são ótimos para profissionais da saúde em início de carreira, que ainda não possuem muitos pacientes ou muitos recursos para alugar um espaço fixo, que pede um investimento inicial maior.

“Eles também são indicados para profissionais que não precisem de muitos equipamentos fixos para o atendimento ou infraestrutura complexa”, diz.
Por outro lado, médicos como oftalmologistas, otorrinolaringologistas e oncologistas precisam de uma estrutura maior para o atendimento, o que demanda um espaço só deles.
“Há uma espécie de ponto de equilíbrio que determina o momento em que o profissional que atende em coworking pode passar para um consultório de aluguel fixo e isso ser financeiramente viável: quando o volume de atendimentos cresce, por exemplo”, ensina.
O movimento inverso também é válido e, muitas vezes, um profissional que atende em um espaço físico pode colher mais vantagens ficando em um coworking, especialmente quando o volume de consultas diminui.
“No geral, o médico é muito apaixonado pela ideia de ter seu próprio consultório. Porém, essa decisão deve ser mais racional do que emocional, sempre mantendo a cabeça aberta para avaliar as opções. Calcule vantagens e desvantagens de cada alternativa, analise o momento de sua carreira e customize a solução de acordo com sua especialidade”, finaliza Stefani.
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