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Home Colunistas

A expansão na definição de doenças

Gustavo Gusso por Gustavo Gusso
27 de junho de 2019
0
A expansão na definição de doenças
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Um grupo de pesquisadores publicou um manifesto defendendo que mais médicos generalistas e outros profissionais da saúde e até cientistas sociais e filósofos participem de painéis que elaboram protocolos e definem doenças (https://ebm.bmj.com/content/early/2019/04/11/bmjebm-2018-111148). O argumento é que quando apenas especialistas da área participam destas forças-tarefas, a tendência é que as definições fiquem cada vez mais expandidas, levando ao sobrediagnóstico, ou seja, quando a pessoa recebe um rótulo diagnóstico de um problema que nunca causará sintomas ou provocará qualquer dano.

Um dos exemplos usados no artigo é a expansão recente da definição de doença renal crônica que rotula como portador metade dos idosos, sendo que uma boa parte deles jamais terá nenhum sintoma relacionado a esta condição. Um outro exemplo citado foi a tentativa de expansão da definição de hipertensão, que tem o potencial de rotular como portador um em cada dois adultos. Esta alteração foi rechaçada pela Associação Americana de Médicos de Família.  Um terceiro exemplo é a proposta de alteração da definição de diabetes gestacional, que foi rechaçada pela Academia Australiana de Medicina Geral.

Muitas dessas condições como hipertensão, colesterol alto, osteoporose ou mesmo diabetes tipo 2 têm sido descritas como “doenças ou condições crônicas”, mas poderiam ser entendidas como fatores de risco. O propósito dos especialistas em expandir a definição de doenças tem sido a detecção precoce, pois muitas vezes, eles atendem pessoas que perderam a oportunidade de serem tratadas em estágios menos avançados. O problema, apontado por estudos que tem sido cada vez mais publicados, é que esta ação é incentivada pela indústria farmacêutica e leva pouco em consideração o risco de medicalizar a parcela de pessoas, muitas vezes majoritária, que não se beneficia do diagnóstico expandido.

A expansão de doenças e diagnósticos é realizada por meio das seguintes estratégias:

  • diminuindo o valor limítrofe do exame que define a doença para capturar mais pessoas com menor risco
  • criando pré-doenças
  • sobremedicalizando experiências de vida comuns
  • alterando os processos de diagnóstico

Os autores sugerem que além de definições mais discutidas com a sociedade e elaboradas por painéis de profissionais liderados por médicos de família e generalistas, as definições deveriam fazer dos diagnósticos mais temporários e episódicos e menos definitivos.  A pressão arterial já foi considerada alta quando era 160 x 100 até a década de 90, assim como diabetes já foi definida quando a glicemia de jejum era acima de 140. Com a disseminação do conhecimento e o empoderamento dos pacientes, é importante que toda a sociedade se envolva na discussão dos riscos e benefícios da expansão dos diagnósticos ao se alterar os parâmetros que os define.

Tags: DiagnósticoIndustria Farmaceuticamedicalizarmédico de famíliaMédico GeneralistaSaúdeSobrediagnóstico
Gustavo Gusso

Gustavo Gusso

Gustavo Gusso é graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e médico de Família pelo Grupo Hospitalar Conceição (RS). Também é mestre em Medicina de Família pela Universidade de Western Ontário (Canadá) e doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, onde é professor de Clínica Geral e Propedêutica. Além de ser ex Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, e editar o Tratado feito sobre o assunto.

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