Erros de medicação, extração incorreta de dentes, danos à dentição causados por equipamentos. Esses são apenas alguns dos riscos à segurança do paciente em consultórios odontológicos. O tema vem sendo discutido por entidades do setor, como a Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD), e acreditadoras de qualidade em saúde.
“O risco permeia o atendimento odontológico de forma silenciosa, embora a população e, às vezes, o próprio dentista ainda não tenham despertado para isso“, alerta Isabela Castro, cirurgiã-dentista e avaliadora do Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES). A especialista destaca que, de forma geral, os riscos podem estar relacionados tanto à condição do paciente quanto aos processos de atendimento.
Conheça alguns dos principais riscos à segurança do paciente odontológico e o que pode ser feito para evitá-los.
Muito além da “dor de dente”: com o envelhecimento da população, é cada vez mais comum que o paciente apresente doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou outras condições que podem interferir no tratamento odontológico. “A pessoa vive tão bem com aquela doença que nem pensa que é importante falar para o dentista. Por outro lado, o próprio dentista muitas vezes não pergunta. Isso é algo cultural“, explica Isabela Castro. Por isso, uma anamnese cuidadosa e detalhada, de acordo com a especialista, é a maneira mais eficaz de rastrear e prevenir essas circunstâncias de risco.

Atenção redobrada aos remédios: alguns medicamentos prejudicam os tratamentos dentários. São exemplos os bifosfonatos e a Ginkgo Biloba, ambos com propriedades anticoagulantes. Uma extração dentária pode levar, nesses casos, à necrose dos maxilares. Outros princípios ativos deixam o paciente agitado ou sonolento, aumentando o risco de engasgo, broncoaspiração e lesões. Portanto, na anamnese, pergunte sobre medicamentos. Fique atento, pois nem sempre o paciente se lembra de todos os que utiliza. Se a pessoa tomar muitas medicações, peça para trazer a prescrição. Confira na bula efeitos colaterais e interações com anestesias e outras substâncias.
Trabalho em equipe: o cuidado bucal deve ser visto de maneira holística, aliado à saúde e bem-estar da pessoa. Por isso, quando há patologias de base e comorbidades, converse e compartilhe informações com outros profissionais que acompanham o paciente, como médicos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. “Precisa haver uma sintonia fina entre todos os envolvidos. Quanto mais comunicação, mais chances de sucesso no planejamento terapêutico e maior a proteção para o paciente“, afirma.
Inclua quem é mais importante: o paciente precisa ter voz ativa na construção do seu próprio cuidado. “Pergunte o que importa para ele, e não só qual é o problema. Às vezes o profissional de saúde, sem perceber, induz uma demanda que nem era o que o paciente queria ou precisava“, alerta. É preciso explicar tudo de forma menos técnica, facilitando o entendimento, principalmente quando o plano envolve qualquer procedimento invasivo. Uma comunicação eficiente reduz também o risco de judicialização. Para se proteger legalmente, contudo, o dentista deve pedir que o paciente assine um termo de consentimento livre e esclarecido.
Sobre a Unimed Odonto:
A Unimed Odonto é a operadora odontológica do Sistema Unimed sob gestão da Seguros Unimed. Com atuação desde 2009 e sede em São Paulo, possui uma carteira com mais de 450 mil beneficiários, mantendo representatividade em todo território nacional. Saiba mais sobre nossos planos odontológicos: Clique aqui!
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