O jornal The New York Times publicou uma matéria sobre os profissionais com maior risco de exposição ao COVID-19. A liderança coube aos cirurgiões-dentistas.
A razão? Muitos procedimentos realizados nos consultórios geram aerossóis, nuvem pulverizada de gotículas microscópicas que ficam suspensas no ar e transportam o vírus. Assim, os profissionais de saúde ficam mais vulneráveis à contaminação pelo vírus.
Como resposta à pandemia do novo coronavírus, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) enviou um ofício ao Ministro da Saúde, no mês de março, solicitando a suspensão das atividades odontológicas na rede pública, que não sejam de urgência.
Quanto aos cuidados em emergências e atendimentos em âmbito privado, o conselho da categoria recomenda máximo rigor com os protocolos de esterilização, desinfecção e limpeza dos ambientes, instrumentos e equipamentos.
Se você for um cirurgião-dentista na ativa, agora a palavra de ordem é precaução. Por isso, selecionamos orientações de organismos federais e regionais de Odontologia que devem ser observadas para reduzir riscos de exposição à COVID-19.
Como o cirurgião-dentista pode se precaver?
- Fazer uma pré-consulta ao telefone para confirmar se o paciente não está com sintomas de infecção pelo vírus. Se estiver sintomático, é importante orientá-lo a procurar assistência médica.
- Disponibilizar álcool a 70% em gel nas salas de espera.
- Medir a temperatura do paciente antes de realizar o procedimento odontológico, de preferência com termômetro de testa.
- Pedir ao paciente para fazer bochecho com 1% de peróxido de hidrogênio antes da consulta. O coronavírus é vulnerável à oxidação; isso reduzirá a carga salivar dos micróbios orais.
- Usar máscara cirúrgica N95 ou. No caso de máscaras habituais, trocá-la a cada duas horas para evitar a perda da eficácia.
- Utilizar avental descartável, luvas e óculos de proteção. O uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) deve ser priorizado.
- Realizar a desinfecção de todos os ambientes de trabalho após cada atendimento, pois o vírus pode ser transportado pelos aerossóis e sobreviver nessas superfícies por mais de nove dias.
Para mais informações, consulte a cartilha “Recomendações para Atendimentos Odontológicos em Tempos de Covid-19”, disponibilizada online pelo CFO.