Assine nossa Newsletter
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Cooperativismo
  • Antifraude
  • Inovação
  • Saúde
  • Nossos especialistas
  • Reconhecimento
  • Produtos
  • + Conteúdos
    • Espaço do Médico
    • E-books
    • Notícias
    • Gestão e Finanças
    • Inova + Saúde
    • Covid-19
    • Colunistas
    • Eventos
    • Relatório de Sustentabilidade
  • Cooperativismo
  • Antifraude
  • Inovação
  • Saúde
  • Nossos especialistas
  • Reconhecimento
  • Produtos
  • + Conteúdos
    • Espaço do Médico
    • E-books
    • Notícias
    • Gestão e Finanças
    • Inova + Saúde
    • Covid-19
    • Colunistas
    • Eventos
    • Relatório de Sustentabilidade
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Seguros Unimed
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Espaço do Médico

Prevenção quaternária: entenda o conceito e como aplicá-lo na prática médica

Equipe Conexão por Equipe Conexão
19 de outubro de 2018
0
Prevenção quaternária: entenda o conceito e como aplicá-lo na prática médica

Purpose of auscultation. Jovial pleased male doctor hearing boy while grinning and using stethoscope

Share on FacebookShare on Twitter

Com o fácil acesso à internet e à grande gama de informações (verdadeiras ou não) sobre o universo da medicina, é muito comum encontrar pacientes que, antes mesmo de procurar um especialista, se autodiagnosticam e automedicam sem saber bem se possuem realmente aquela patologia e se o tratamento que iniciaram realmente é efetivo – ou apenas trará mais problemas. Ainda assim, não é difícil se deparar com colegas médicos que muitas vezes, por não conhecerem totalmente o quadro clínico e o histórico do paciente, acabam receitando remédios de maneira exacerbada. Apesar de parecerem ser de simples resolução, esses dois exemplos mostram que é preciso prestar maior atenção durante o processo de diagnóstico e cuidado.

Pensando em como melhorar a assistência médica, o belga Marc Jamoulle propôs, em 1999, o conceito de Prevenção Quaternária (P4), o qual consiste basicamente em prevenir a medicalização exagerada, sobretudo em casos de estado de pré-doença ou indicadores de risco, e evitar intervenções desnecessárias, buscando reduzir danos à saúde do paciente por meio de práticas qualificadas, personalizadas e humanizadas de cuidado.

Esse tipo de prevenção é, segundo a teoria de Jamoulle, o último nível nessa linhagem assistencial, e vai além da conscientização e imunização, que são praticados na atenção primária; das ações para a detecção precoce de problemas de saúde em estágio inicial a fim de facilitar a cura, que define a secundária; e de um efetivo tratamento e/ou reabilitação de um paciente com um problema de saúde já instalado e diagnosticado, que caracteriza a terciária. A P4 enfatiza o perigo do adoecimento iatrogênico (conceito que se refere a um estado de adoecimento, efeitos adversos ou complicações causadas por ou resultantes de uma intervenção médica), o excesso de intervenções e a medicalização desnecessária.

 

Sobre dificuldades e excessos

Segundo Charles Dalcanale Tesser, doutor em Saúde Coletiva e professor adjunto do Departamento de Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), “a prática da P4, ainda não é tão difundida no Brasil por conta do alinhamento de diversos aspectos em relação à comunicação com os pacientes e ao uso do conhecimento especializado e técnico por parte dos médicos”. Porém, esse nível de prevenção se faz muito necessário e efetivo quando se pensa nos excessos – de rastreamento, de exames e de medicamentos – praticados nos cuidados. É importante avaliar todos os riscos e benefícios de determinada intervenção médica.

O rastreamento, por exemplo, serve para identificar patologias em estágio precoce e controlar riscos, mas também pode detectar pequenas alterações ou mesmo doenças que provavelmente não causariam problemas no futuro – e que podem levar à realização de procedimentos desnecessários, como biópsias, tratamentos medicamentosos e até mesmo cirurgias. Já em relação aos exames, por pressão aplicada muitas vezes pelos próprios pacientes, médicos solicitam mais do que o necessário, algo que também pode trazer danos à saúde, vide o caso da radiação em exames de raio-X. A medicalização, por sua vez, historicamente passou a ser empregada para fatores de risco, como hipertensão arterial ou colesterol alto, que agora são tratados como e entendidos pelos pacientes enquanto “doenças”.

Para mudar esse cenário, é preciso realizar alterações no dia a dia da prática assistencial, buscando evidências isentas, resistindo aos pedidos dos pacientes e abusos comumente praticados por colegas, buscando outros recursos e utilizando a P4 para munir as pessoas de informações confiáveis.

 

Como a P4 pode ser aplicada na prática médica

De acordo com Tesser, o atendimento clínico é dividido em duas partes – a primeira consiste em coleta de dados e investigação clínica, e a segunda em diagnóstico e negociação do plano terapêutico – e a P4 pode ser aplicada nos dois últimos momentos. Nesses, a principal via de manifestação desse tipo de prevenção se dá na dimensão dos atos cognitivos dos profissionais (que produzem uma elaboração interpretativa, comumente chamada de diagnóstico) e na dimensão comunicativa.

Na primeira dimensão, segundo o estudo Prevenção quaternária: as bases para sua operacionalização na relação médico-paciente, publicado por Tesser e Armando Norman, da Universidade de Durham, na Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, a prática da P4 deve ser realizada por meio da preferência por uma concepção dinâmica dos adoecimentos que é ponderada caso a caso, associada a um equilíbrio cuidadoso no uso dos quatro eixos constitutivos das doenças na biomedicina (anatomopatológico, fisiopatológico, semiológico e epidemiológico), ambos associados com uma distinção importante entre o adoecimento presente que pressiona por cuidado imediato e a preocupação com o adoecimento futuro.

A concepção dinâmica dos adoecimentos, ainda de acordo com o estudo, se constitui como um instrumento de operacionalização da prevenção quaternária por meio do uso cuidadoso da linguagem – na segunda dimensão, a comunicativa. Dessa forma, as palavras são a maior ferramenta da P4. “As palavras escolhidas pelos médicos deveriam pertencer ao universo cultural das pessoas (ou pacientes) e precisam ser cuidadosamente utilizadas para que suas crenças, ansiedades e medos sejam acolhidos e processados conjuntamente, de modo a tematizar de forma tranquila as complexidades e incertezas inerentes ao processo do cuidado”, afirmam os pesquisadores. Um exemplo disso é a troca constante de termos usuais por técnicos, como transformar “dor de cabeça” em “cefaleia” ou “dor nas costas” em “lombalgia”, o que pode potencializar a estigmatização e medicalização.

Purpose of auscultation. Jovial pleased male doctor hearing boy while grinning and using stethoscope

“Alguns termos técnicos que vão se disseminando na sociedade carecem de explicações adicionais, devendo-se, portanto, alertar aos pacientes que fatores de risco como colesterol elevado, hipertensão, obesidade e outras condições não se constituem como doenças. Assim, pensar e falar processualmente são um auxílio na comunicação e na prevenção quaternária: comunicar que a pressão está um pouco alta e merece atenção é preferível e diferente de usar a palavra ‘hipertensão’ ou ‘hipertenso’, que implica em um diagnóstico de ‘doença’ crônica, incurável, associada a uso de medicação, restrições dietéticas e controles laboratoriais vitalícios”, continuam Tesser e Norman.

A P4 se baseia na relação entre médicos e pacientes e, com isso, é importante o diálogo. Serem conhecidos histórico de saúde e todos os sintomas, riscos dos tratamentos e impactos dos exames solicitados, são pontos cruciais a serem levados em consideração. Além disso, para evitar os excessos e aplicar efetivamente a P4, segundo sugerem os pesquisadores no estudo Prevenção quaternária na atenção primária à saúde: uma necessidade do Sistema Único de Saúde, é preciso desenvolver a prática por dentro da atividade clínica e aliar uma abordagem centrada no paciente,  com a medicina baseada em evidências e o cuidado focado na atenção primária à saúde – com longitudinalidade (mesma equipe de profissionais cuidado dos mesmos usuários ao longo de grande tempo).

Tags: Assistência MédicaAtenção Primária à SaúdeCuidado médicodoençasestudoPesquisaPrevenção quaternáriariscosSaúde
Equipe Conexão

Equipe Conexão

A equipe do Conexão é formada pelos colaboradores do Marketing da Seguros Unimed em cooperação junto com a área de Comunicação e os parceiros Finanças Femininas e GPES(Centro de Especialidades em Comunicação e Marketing em Saúde).

Veja também esses posts

Dia Mundial da Segurança do Paciente

Dia Mundial da Segurança do Paciente

15 de setembro de 2023
1.5k
Identificação da osteoporose em exames de imagem em odontologia

Identificação da osteoporose em exames de imagem em odontologia

10 de agosto de 2023
1.8k
O que é segurança do paciente?

O que é segurança do paciente?

30 de junho de 2023
1.6k
Mais uma dose? Sim, por favor!

Que tipo de líder você é?

5 de janeiro de 2023
1.6k
Avançar post
Currículo médico: como reforçar seus diferenciais

Currículo médico: como reforçar seus diferenciais

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Prêmio Inova+Saúde: confira se sua Unimed é uma das finalistas

Prêmio Inova+Saúde: confira se sua Unimed é uma das finalistas

por Time Conexão
11 de agosto de 2025
0
1.6k

O Prêmio Inova+Saúde 2025 chega à terceira fase, com a divulgação dos finalistas. Criada pela Seguros Unimed e organizada com...

Seguradora do Sistema Unimed conquista prêmio de Excelência em Serviços ao Cliente

Seguros Unimed lança solução completa com foco em profissionais da saúde

por Time Conexão
18 de agosto de 2025
0
1.6k

Um contrato, uma fatura e uma solução que proporciona três tipos de cuidado. Essa é a essência do novo produto...

Conexão InvestCoop: ‘Seguimos preparados para os novos desafios do setor’

Conexão InvestCoop: ‘Seguimos preparados para os novos desafios do setor’

por Time Conexão
5 de agosto de 2025
0
1.6k

O impacto da taxação das exportações brasileiras, a inovação tecnológica na análise de crédito e o movimento de fusões e...

Confira as palestras dos especialistas da Seguros Unimed na Convenção Técnica

Confira as palestras dos especialistas da Seguros Unimed na Convenção Técnica

por Time Conexão
4 de agosto de 2025
0
1.5k

Representantes da Seguros Unimed já estão na primeira Convenção Técnica Unimed, que foi aberta na manhã desta terça-feira (04), no...


Ajuda

  • Perguntas Frequentes
  • informações Regulatórias

Mais informações

  • Política de Privacidade
  • Política de Qualidade

Aplicativos

  • Super App
  • Playlist Gravidez

Canais de Atendimento

  • Ouvidoria: 0800 001 2565
  • SAC: 0800 016 6633 opção 6
  • Formulário Fale Conosco
  • Formulário de Ouvidoria

Unimed Seguradora S.A. 92.863.505/0001-06 Copyright @ 2001-2021

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Home
  • Notícias
  • + Contéudos
    • Cooperativismo
    • Saúde
    • Inovação e Tecnologia
    • Espaço do Médico
    • Covid-19
    • Gestão e Finanças
    • Inova + Saúde
    • Colunistas
    • Eventos
    • E-books
    • Relatório de Sustentabilidade

© 2018 Seguros unimed