Segundo a norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego – NR 6: considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Por sua vez, a NR 32 determina critérios para garantir a segurança no trabalho na área da saúde, apontando os perigos que existem no setor. Nos consultórios odontológicos, os riscos de contaminação por cortes, saliva, sangue e, especialmente, aerosóis não devem ser subestimados. Durante a realização de um procedimento há o contato do profissional com a região bucal do paciente, um local bastante sensível e suscetível a infecções.
Além disso, a utilização de EPIs é uma questão de biossegurança, cuja finalidade é proteger dos riscos à saúde e prover a segurança no ambiente de trabalho. Em tempos de pandemia de coronavírus, os cuidados foram bem discutidos, pois a falta de proteção põe em risco tanto o profissional quanto o paciente em contato com um vírus altamente transmissível e potencialmente mortal.
O equipamento de proteção individual (EPI) é uma vestimenta que o profissional usa para proteger tanto o profissional com o beneficiário contra a contaminação cruzada. A falta de proteção pode colocar tanto o profissional quanto o paciente em contato com um vírus altamente transmissível e potencialmente mortal. Durante um atendimento pode ocorrer a exposição por produtos biológicos e químicos, até mesmo a respingos de saliva ou de produtos químicos, e contar com equipamentos de proteção individual (EPI) é essencial para a segurança e responsabilidade.
Os EPIs utilizados em um consultório odontológico são:
- TOUCA – protege contra a queda de cabelos possíveis escamas ou partículas do couro cabeludo e contra os respingos de produtos químicos e biológicos. Ele é de uso individual e descartável. É necessário que cubra toda a área do cabelo.
- ÓCULOS DE PROTEÇÃO – protege os olhos de agentes químicos e biológicos e até mesmo de acidentes com instrumentos ou materiais como os metais utilizados em aparelhos. Vale lembrar que o uso de óculos de grau não dispensa os óculos de proteção.
- AVENTAL – ele é um item importante, protege a roupa do dentista contra bactérias, substâncias e fluidos. Ele funciona como uma camada protetora que impede que a pele tenha contato com substâncias e fluidos desnecessários. O avental deve ser usado apenas por um único profissional, recomenda-se que use apenas no local de trabalho e lave separado das roupas pessoais por conta das bactérias contidas. No mercado há inúmeros modelos, mas de preferência que seja uma cor de tom claro, que o comprimento seja até os joelhos, com mangas alongadas e proteção também na região do pescoço.
- SAPATO – o calçado deve ser fechado para proteger os pés do profissional contra objetos perfuro- cortantes que acidentalmente venham a cair. De preferência os sapatos usados dentro do consultório odontológico devem ser distintos nos ambientes externos. Esse cuidado ajuda a evitar contaminações no ambiente de trabalho.
- LUVAS – As luvas são essenciais para evitar a contaminação cruzada, que o profissional não contamine o paciente e vice-versa. As luvas usadas em um consultório odontológico podem ser separadas da seguinte forma, luvas simples de borracha, luvas cirúrgicas e luvas de procedimento. As luvas de borracha são para as funções que envolvem limpeza, alguns descartes podem conter material biológico. As luvas cirúrgicas são usadas durante procedimentos mais complexos. Elas são mais anatômicas para um melhor ajuste às mãos e são esterilizadas. As luvas de procedimento são usadas pelo profissional durante procedimentos rotineiros, como higienização e esterilização dos instrumentos de trabalho.
- MÁSCARA – é uma barreira de proteção que cobre a região do nariz e boca, fornecendo maior segurança ao profissional e ao paciente. A máscara protege o dentista contra microrganismos que estejam no ar devido a ações do paciente, como espirros e tosses. O contato com o profissional durante os procedimentos é próximo, contribuindo para o aumento das chances de transmissão de algum vírus. Ao escolher uma máscara, é necessário analisar a capacidade que o material tem na filtragem de partículas do material. Dessa forma vai ajudar na prevenção da transmissão de doenças, como a gripe. A máscara de tecido é confortável, mas não deve ser usada durante um atendimento, devido a pouca eficiência na filtragem do ar. A máscara descartável preconizada durante a pandemia foi o modelo N95.
- PROTETOR FACIAL – conhecido como face shield, muito indicado durante a pandemia. Ele é um escudo de polietileno com espessura de 0,5 mm que fica preso ao rosto por uma cinta na testa. O uso dele pode reduzir a contaminação, mas ele não substitui o uso de outros EPIs odontológicos.
No mercado há inúmeras marcas de EPIs comercializadas. Procure escolher produtos que possuem o Certificado de Aprovação (CA) e o selo do Inmetro. Esse é um certificado de qualidade emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que garante a proteção e a segurança durante um atendimento.