Permitir que o paciente faça anotações em seu prontuário pode ser uma maneira de melhorar a comunicação dele com o médico e vice-versa, tornando o atendimento mais ágil e assertivo. Isso é o que sugere um estudo piloto elaborado por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. Ao todo, participaram do estudo 28 médicos e 101 pacientes.
Entre junho e julho de 2015, antes das consultas, os pacientes tiveram acesso ao seu prontuário em um notebook na sala de espera. Nesse momento, eles eram convidados a incluir no documento as razões para a procura de atendimento. Os textos foram feito, em média, em 10 minutos e continham cerca de 60 palavras. Os profissionais de saúde puderam ler os registros antes de receber os pacientes, o que os deixou mais preparados para a consulta.
Após esse ciclo, tanto pacientes quanto médicos responderam a uma pesquisa de satisfação. Para os dois lados, o prontuário colaborativo melhorou a comunicação (pacientes 79%, médicos 74%). Também foi expresso o desejo de continuar com esse processo em futuros atendimentos (pacientes 73%, médicos 82%).
Para os pesquisadores, as anotações feitas pelos pacientes no prontuário fazem com que eles possam identificar suas queixas logo no início. Os médicos, por sua vez, podem gerenciar melhor a produtividade da consulta, não deixando perguntas importantes para o final.
O modelo proposto não só influenciou na satisfação do paciente como aumentou o envolvimento em relação aos cuidados de saúde e também fortaleceu o histórico de seus dados. Além disso, com o apoio das informações escritas, o médico pode dedicar mais tempo ao relacionamento.
O estudo completo está disponível no site da Annals of Family Medicine.
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