“A liderança deve ser fortalecida diariamente e pautada na habilidade de influenciar e inspirar pessoas”. Tal afirmação, aparentemente simples, consta na apresentação do meu livro Liderança Duradoura, agora lançado pela Editora Scriptum Produções Culturais Ltda., como eu havia anunciado em artigo anterior. A simplicidade, contudo, é aparente quando nos fixamos apenas na leitura de uma frase, como intenção promulgada, e não como ação a ser efetivada. No instante em que passamos dos discursos para as ações, ela passa a merecer um sentido de trabalho a ser realizado. Esse trabalho exige o fiel cumprimento de todos os princípios e valores que alicerçam a autoridade do líder.
Sendo a liderança um dom, característica que alguns indivíduos têm e outros não, torna-se impossível ensinar o segundo grupo de pessoas a liderar. Pode-se organizar trabalhos de equipe e educar para assumir funções de chefia, estimular produtividade, comunicação, progredir nas escalas de cargos e salários, e não mais que isso. Sabendo-se que alguns líderes só apresentam esta vocação quando enfrentam uma “situação-limite”, qual o melhor teste para sua aplicabilidade do que o momento dessa pandemia, a maior crise sanitária e por decorrência da economia mundial?
Infelizmente, transportando para nossa realidade, vemos o quanto o desalinhamento entre os poderes impacta nos rumos a serem efetivados para o enfrentamento da pandemia. O tratamento da crise está cada vez mais inadequado pela ausência de lideranças autênticas e competentes cientificamente, o que leva a desperdícios e a confusão nas medidas adotadas, díspares e desorganizadas, sem harmonia, na visão maior para um direcionamento único nacional.
O Gabinete de Crise, onde faltam profissionais médicos, infectologistas, cientistas, não consegue assumir liderança. O Ministério da Saúde sofreu uma derrocada progressiva no rumo que deveria apontar. Os poderes executivo, legislativo e judiciário engalfinham-se em questões políticas, desconhecendo o progressivo avanço da pandemia. Os governadores tentam suplantar a deficiência geral e assumem as decisões embasadas nas realidades regionais. Os prefeitos, por sua vez, dançam conforme as pressões dos municipários. Todos, contudo, se identificam em mirar os processos eleitorais próximos ou distantes.
* E assim vamos indo… vivendo na falta de perspectivas para a triste realidade, no paradoxo da ausência absoluta de liderança sólida nesta modernidade líquida.
Excelente conteúdo com uma atitude ampla de divulgação , contribuindo com o conhecimento dos fatores presentes em nosso planeta de riscos e meios de soluções hábeis que devemos ter em meio ao um caos mundial ,a empresa continuamente em envolve proteger em sua missão integra ,em uma visão humanitária.