Você já ouviu falar no blockchain? Para alguns especialistas, essa tecnologia é a maior revolução digital desde a popularização da internet, que aconteceu a partir da década de 1990.
O blockchain surgiu em 2009 com o lançamento da moeda digital Bitcoin. Essa tecnologia permite mais segurança nas transações e elimina o papel do intermediário, ou seja, com o blockchain não há necessidade de uma empresa terceira validar a informação, como uma instituição financeira, por exemplo.
Mas o que isso tem a ver com o mercado de saúde? Tudo. Já há empresas que oferecem soluções com a tecnologia blockchain para que o médico possa inserir seus dados profissionais desde a graduação, com certificados e cursos extracurriculares, ou hospitais que armazenam dados de pacientes e dos seus próprios colaboradores.
A grande vantagem desse sistema é que, uma vez que a informação foi checada por determinada instituição ou indivíduo, o registro fica armazenado, e quem for usar o bloco para obter determinado dado em outra oportunidade, já sabe que aquela informação foi apurada e validada, ganhando mais agilidade e confiabilidade no processo.
“O sistema cria uma forma totalmente confiável para dar crédito às instituições e profissionais. Você pode usar o blockchain para armazenar contratos, informações do paciente e indicar cada setor em que ele passou dentro do hospital. O sistema também registra quem inseriu e quem pegou a informação”, explicou John Sotos, Chief Medical Officer (CMO) da Intel Health & Life Sciences*.
Outro bom exemplo é a utilização do blockchain em pesquisas científicas. De acordo com Sotos, a indústria farmacêutica e as universidades podem usufruir desse sistema porque garante segurança e promove a integração e compartilhamento.
“Os ensaios clínicos são armazenados de forma primitiva pela indústria farmacêutica e demais instituições. O blockchain ajuda a ‘profissionalizar’ esse processo, com recursos como assinatura digital, algoritmo de segurança, entre outros. Assim como na área da saúde, o blockchain mudará outros mercados, e quem sair na frente levará vantagem”, completa Sotos.
Utilização do blockchain na Saúde
- Informações clínicas de pacientes e de quem prestou o atendimento
- Credenciamento de médicos em uma única plataforma
- Armazenamento e compartilhamento de pesquisas e ensaios clínicos
- Prontuário eletrônico
Leia também:
Tecnologia x Saúde: soluções de inovação e o cenário brasileiro
Go Digital: a Solução da Seguros Unimed para uma nova realidade
* John Sotos esteve na Hospitalar Feira + Fórum na série de palestras do HIMSS, realizada entre os dias 16 e 19 de maio, em São Paulo.