“Como o Brasil vem acompanhando o processo tecnológico e os sistemas de precisão robotizados na área de medicina laboratorial segura? O país desenvolve tecnologias ou é apenas um comprador de tecnologias?”
Com a missão de refletir sobre a posição do Brasil na busca e adoção de novas tecnologias nos serviços de laboratório e saúde suplementar, o Dr. Alessandro Ferreira, palestrante na Feira Fórum Hospitalar 2017, falou sobre o assunto no segundo dia do Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS).
Ferreira defende que não é preciso apenas importar ou apenas desenvolver. É possível traçar um caminho de inovação equilibrando a busca por tecnologias internacionais e adaptando-as para as necessidades e contexto brasileiros. Ele cita alguns exemplos de tecnologias dentro do cenário de medicina laboratorial:
– Total lab automation: soluções que otimizam os processos de laboratório, oferecendo automatização, alta capacidade de processamento, integração e qualidade, com aplicação em várias escalas e economicamente viáveis;
– Next generation sequence: soluções de análises de pacientes e amostras em larga escala, com redução do tempo de diagnóstico, viabilização de custo e ainda exportação de dados. Em um exemplo comparativo, há 5 anos o reconhecimento de um câncer de mama ou ovário podia demorar até 30 dias. Hoje, são feitas análises de até 30 pacientes em 8 horas, com um terço do investimento de outrora;
– Computação cognitiva aplicada à saúde: os sistemas que utilizam conceitos de deep learning e inteligência artificial oferecem análises mais precisas através de robotização e automatização, auxiliando no processo de tomada de decisão de forma mais eficiente;
– Cirurgia robótica remota: acesso e intervenção cirúrgica em lugares remotos por meio da operacionalização de robôs.
Estas são algumas inovações 100% importadas, mas que por meio de uma “Tropicalização de Tecnologia” podem ser adaptadas para utilização no país. É o que já acontece com sistemas de montagem da indústria automobilística, e por que não na medicina?
Como exemplos práticos já adotados por aqui, têm-se os valores referenciais nos resultados de exames clínicos e os sistemas de Telerradiologia e Telecardiologia, que possibilitam a atuação de médicos em tempo real e em qualquer lugar, 24 horas por dia, analisando laudos e reportando casos críticos a fim de reduzir os riscos para os pacientes. Iniciativas que foram adaptadas de forma racional usando inteligência e desenvolvimento 100% nacionais.
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