Assine nossa Newsletter
No Result
View All Result
  • Saúde
  • Espaço do Médico
  • Inovação e Tecnologia
  • Gestão e Finanças
  • Cooperativismo
  • Notícias
  • + Conteúdos
    • Covid-19
    • Inova + Saúde
    • Colunistas
    • Eventos
    • E-books
    • Relatório de Sustentabilidade
  • Saúde
  • Espaço do Médico
  • Inovação e Tecnologia
  • Gestão e Finanças
  • Cooperativismo
  • Notícias
  • + Conteúdos
    • Covid-19
    • Inova + Saúde
    • Colunistas
    • Eventos
    • E-books
    • Relatório de Sustentabilidade
No Result
View All Result
Seguros Unimed
No Result
View All Result
Home Espaço do Médico

Super-resistente, Candida auris é uma grande ameaça a hospitais

Time Conexão by Time Conexão
5 de janeiro de 2021
0
Super-resistente, Candida auris é uma grande ameaça a hospitais

Super-resistente, Candida auris é uma grande ameaça a hospitais

Share on FacebookShare on Twitter
Tempo de leitura: 3 minutos(Last Updated On: 5 de janeiro de 2021)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta, em dezembro de 2020, a respeito de um caso de Candida auris identificado no Brasil. Logo depois, infectologistas trataram de tranquilizar a população ao esclarecer que não tem potencial para gerar uma pandemia semelhante ao novo coranavírus.

No entanto, o multirresistente patógeno significa alto risco de morte no ambiente hospitalar. O Centro Americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) calcula que morrem entre 30% e 60% dos pacientes infectados, pois já estão debilitados quando são atingidos pelo fungo.

O primeiro paciente contagiado pelo Candida auris foi diagnosticado no Japão em 2009. Desde então, registraram-se casos em mais de 30 países, como Estados Unidos, Israel, França, Reino Unido, Espanha, Canadá, Índia, África do Sul, Venezuela e Colômbia. Apenas em solo norte-americano, o CDC estima que houve o registro de cerca de 600 casos.

Um dos estudiosos do tema é o médico Alessandro C. Pasqualotto, professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Seu doutorado foi dedicado às pesquisas de fungos do gênero Candida. Veja a conversa do infectologista com o Conexão Unimed.

Conexão Seguros Unimed: Como hospitais devem fazer para evitar e controlar o Candida auris, que tem sido chamado de superfungo? 

Alessandro Pasqualotto: À semelhança de outras espécies no gênero Candida, C. auris é transmitida por contato com superfícies contaminadas, objetos ou mesmo entre pessoas, primariamente no ambiente hospitalar. Neste sentido, é importante que hospitais que registrem casos positivos façam o devido reporte às agências reguladoras para que se faça o adequado controle epidemiológico. Assim como para outros microrganismos multirresistentes, como Clostridium difficile, a eliminação de C. auris do ambiente requer uso de desinfetantes em altas concentrações, conforme revisado recentemente pelo CDC de Atlanta.

Conexão: Como o Candida auris é identificado?

Pasqualotto: Embora a maioria dos pacientes expostos a C. auris desenvolva apenas colonização pelo fungo, C. auris pode causar uma diversidade de doenças, desde acometimento superficial (pele) até infecções invasivas (candidemia), o que se associa a elevada mortalidade. Do ponto de vista fenotípico, C. auris é muito semelhante a outras espécies no gênero Candida, especialmente Candida haemulonii. 

Assim, somente com o emprego de modernas tecnologias como o Maldi-TOF ou sequenciamento genômico é que C. auris pode ser acuradamente identificada, o que significa dizer que a maioria dos laboratórios de microbiologia no Brasil não perceberá a presença de C. auris em amostras clínicas. Mais ainda, poucos são os centros no Brasil capacitados a realizar antifungigrama, de modo que o perfil de multirresistência da C. auris passará também despercebido para a maioria.

Conexão: Como ocorre a infecção pelo fungo? 

Pasqualotto: C. auris é um fungo oportunista que mais comumente infecta pacientes invadidos e criticamente enfermos, em uso de antibióticos de amplo espectro, necessitando de cirurgias, corticosteroides e cateteres intravasculares. É mais um agente na lista de microrganismos multirresistentes que habitam o ambiente hospitalar, a exemplo de KPC, NDM, MRSA, VRE e Clostridium difficile.

Conexão: A Candida auris também pode surgir em locais como clínicas ou consultórios?

Pasqualotto: As infecções por C. auris são esperadas dentro do ambiente hospitalar. Porém, à semelhança do que já observamos com outros patógenos, a evolução da epidemia deve se caracterizar, ao longo do tempo, pela transferência dos casos para a comunidade.

Conexão: Quais os problemas que a infecção pelo fungo pode causar? Qual o risco de morte?

Pasqualotto: C. auris causa candidíase (ou candidose). Assim, pode causar desde infecções de pele até infecções graves na corrente sanguínea, sendo que as últimas podem atingir mortalidade superior a 50%.

Conexão: O senhor é coautor de um estudo, publicado em 2019, que já questionava a falta de capacidade de identificação do Candida auris no Brasil. Poderia nos explicar?

Pasqualotto: Avaliamos a capacidade de diagnóstico micológico na América Latina e observamos que menos de 20% dos laboratórios possuem acesso a Maldi-TOF e menor proporção tem capacidade de diagnosticar resistência em fungos. Estes dados são alarmantes. Percebe-se claramente que, a despeito de todo o avanço no conhecimento científico, as doenças fúngicas seguem sendo negligenciadas em nosso meio. 

Os órgãos acreditadores precisam ter um olhar especial sobre estas situações: todo o hospital que atende pacientes imunossuprimidos ou realiza procedimentos invasivos deveria ser condicionado a identificar fungos em nível de espécie, bem como a realizar testes de sensibilidade para fungos. Se o hospital ou clínica não possui laboratório em condições para prestar este serviço, pois que comprem o serviço de apoiador; o que não é mais aceitável é termos amostras de sangue com identificações de leveduras como “Candida spp.”

Conexão: Pode haver mais de um caso no Brasil?

Pasqualotto: Este caso identificado na Bahia foi o primeiro a ser detectado no Brasil. No entanto, considerando que possuímos em nosso país uma baixa capacidade de diagnóstico. Isso provavelmente signifique subnotificação. 

Embora exista um alerta mundial para a emergência de C. auris, uma espécie altamente resistente e transmissível de fungo, não há como compará-la à COVID-19, uma doença de transmissão respiratória que causou uma pandemia sem proporções. C. auris é agente oportunista de transmissão hospitalar; em síntese, é mais um microrganismo super-resistente criado por pressão seletiva do uso indiscriminado de antimicrobianos. 

Mesmo que não seja o primeiro fungo resistente descrito, C. auris coloca os fungos lado a lado com as bactérias, como agentes de infecção por patógeno multirresistente no hospital. Uma realidade completamente diferente da Covid-19.

Posts relacionados
Deficiência visual: falta prevenção

Apenas por falta de prevenção, o Brasil tem hoje cerca de 30 mil crianças cegas e outras 140 mil portadoras Leia mais

Como o médico pode se preparar para investir no próprio consultório

Abrir o próprio consultório está nos planos de muitos médicos, mas para ter sucesso nessa empreitada é preciso muito planejamento Leia mais

Tags: candida auriscontaminação hospitaisinfecção hospitalarinfecção por fungo hospitaissuperfungo hospitais
Time Conexão

Time Conexão

Quem somos? Somos uma equipe destinada a compartilhar conteúdo relevante sobre medicina, seguros saúde, bem-estar, qualidade de vida e todos os demais temas que estejam voltados ao universo: Viver melhor. Os especialistas falam sobre saúde, conteúdo para médicos, inovação e tecnologia, gestão e finanças, cooperativismo e muito mais. (...)

Related Posts

Dia Mundial da Segurança do Paciente

Dia Mundial da Segurança do Paciente

15 de setembro de 2023
1.5k
Identificação da osteoporose em exames de imagem em odontologia

Identificação da osteoporose em exames de imagem em odontologia

10 de agosto de 2023
1.6k
O que é segurança do paciente?

O que é segurança do paciente?

30 de junho de 2023
1.6k
Mais uma dose? Sim, por favor!

Que tipo de líder você é?

5 de janeiro de 2023
1.6k
Next Post
Saiba como o coworking médico pode te fazer reduzir os custos da sua clínica

Saiba como o coworking médico pode te fazer reduzir os custos da sua clínica

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

imagem ampliada de pessoa coçando o pulso em um fundo cinza com moldura vermelha

O que é Dermatite Crônica: como cuidar da doença inflamatória

by Time Conexão
17 de fevereiro de 2021
0
65.9k

O surgimento de novas terapias para o tratamento de dermatite crônica pode trazer mais qualidade de vida e conforto para...

American Heart Association publica novo protocolo de ressuscitação

American Heart Association publica novo protocolo de ressuscitação

by Time Conexão
5 de janeiro de 2021
0
79.6k

Cerca de 350 mil norte-americanos apresentaram parada cardíaca respiratória (PCR) não traumática extra-hospitalar (PCREH) e foram atendidos pelos serviços médicos...

homem com máscara em frente a fundo vermelho e cinza

Principais causas de morte no Brasil: o que revelam os dados

by Charles
18 de agosto de 2021
0
35.6k

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as doenças cardíacas são a principal causa de mortes nos últimos 20...

Plantões noturnos: alertas e precauções antes, durante e após

Plantões noturnos: alertas e precauções antes, durante e após

by Equipe Conexão
10 de maio de 2018
0
12k

Adaptar as necessidades do sono à rotina dos plantões é uma das batalhas diárias dos profissionais da saúde. Como conseguir...


(Last Updated On: 20 de outubro de 2022)

Ajuda

  • Perguntas Frequentes
  • informações Regulatórias

Mais informações

  • Política de Privacidade
  • Política de Qualidade

Aplicativos

  • Super App
  • Playlist Gravidez

Canais de Atendimento

  • Ouvidoria: 0800 001 2565
  • SAC: 0800 016 6633 opção 6
  • Formulário Fale Conosco
  • Formulário de Ouvidoria

Unimed Seguradora S.A. 92.863.505/0001-06 Copyright @ 2001-2021

No Result
View All Result
  • Home
  • Saúde
  • Espaço do Médico
  • Inovação e Tecnologia
  • Gestão e Finanças
  • Cooperativismo
  • Notícias
  • + Contéudos
    • Covid-19
    • Inova + Saúde
    • Colunistas
    • Eventos
    • E-books
    • Relatório de Sustentabilidade

© 2018 Seguros unimed

Só mais um minutinho

Selecione seus temas preferidos:






 

Receba as novidades diretamente em seu e-mail

Seguros Unimed