Considerada uma das estações mais esperadas pelos brasileiros, o verão é, para muitos, período de férias e viagens para a praia. Alguns passam o ano inteiro em busca do corpo perfeito e seguem a reeducação alimentar à risca. Outros buscam por resultados rápidos, chegam a fazer dietas rígidas e exercícios pesados. Porém, para essas pessoas, é importante ter acompanhamento profissional para que o resultado seja duradouro e aconteça de forma saudável.
A professora de Educação Física Rafaela Martone afirmou que o segredo é nunca parar de fazer atividades físicas. “Quando interrompemos os treinos, nosso corpo sente muito, perdemos de forma rápida a massa magra e ganhamos com facilidade a massa gorda. Além disso, nossa disposição, condicionamento físico e flexibilidade para a rotina diária diminuem muito. Por isso, devemos ter uma boa frequência de treinos durante o ano todo”.
E é esse pensamento que o profissional da área da saúde deve encorajar em seus pacientes. Confira dicas de como ajudá-los:
A importância de alertar sobre dietas “milagrosas”
Na internet é possível encontrar inúmeras dietas que prometem um grande resultado em pouco tempo. Porém, é fundamental alertar o paciente dos problemas que isso acarreta. “Não existe dieta milagrosa, mas sim uma reeducação alimentar para a vida inteira. Com estas dietas rápidas, a pessoa até tem um emagrecimento, porém não é saudável, uma vez que não se consegue manter esta restrição por muito tempo. Assim, quando ela volta a se alimentar normalmente, acaba ganhando todo peso que perdeu”, ressalta Martone.
“Dietas absurdas não tem benefício nenhum, somente trazem malefícios para o corpo. Precisamos ingerir todos os alimentos que nos proporcionam energia e não fazer isso apenas prejudica a saúde. Isso porque o organismo acaba eliminando massa magra e o corpo fica sem energia. Além disso, ocorre o déficit nas vitaminas, o que é a porta de entrada para algumas doenças”, complementa.
Fazer exercícios sem orientação profissional também pode prejudicar a saúde, como alerta a nutricionista Roberta Lara. “O organismo precisa de adaptação ao exercício e isso deve ser realizado sob orientação do educador físico de forma adequada à necessidade de cada pessoa. Por exemplo, um indivíduo não adaptado ao exercício e com excesso de peso que inicia corrida, sem condicionamento, pode apresentar problemas ósseos, articulares e cardiovasculares. Pode também apresentar alterações de sua glicemia, se não estiver orientado adequadamente sobre sua alimentação.”
Dicas para ajudar o paciente durante o treinamento
Cada organismo funciona de forma única. O que norteará os planos de exercício e de alimentação do paciente serão suas próprias características. “Todo o trabalho dependerá das características específicas de cada paciente como gênero, idade, peso, altura, percentual de gordura e massa magra e exames bioquímicos. Também deve se levar em consideração os hábitos alimentares e o dia a dia de cada indivíduo”, ressalta Lara.
É fundamental conscientizar o paciente da importância de se ter uma alimentação balanceada e saudável. “Para ter resultados positivos nos treinos, é preciso se alimentar a cada 3 horas e ingerir frutas, legumes, proteínas e carboidratos em pequenas quantidades. Estes alimentos são fontes de energia para o corpo e ajudará a ter um bom desempenho nos treinos. A alimentação errada irá prejudicar nos resultados e desempenho, independentemente de quais sejam os objetivos”, pontua Martone.
“Cada um precisa respeitar sua individualidade biológica e seu metabolismo, não treinar em excesso ou até mesmo realizar os exercícios com carga muito alta somente para ganhar resultados rápidos. Deve-se passar por todas as fases do treino e ir aumentando gradativamente o volume e intensidade. Atividade física e uma reeducação alimentar são para o resto da vida. Não existe uma dieta milagrosa e nem treinos curtos para obter resultados rápidos. Primeiramente temos que pensar na saúde. A estética é consequência. E os profissionais são fundamentais neste processo”, conclui.