A falta de conhecimento faz com que muitos acreditem que investir em fundos de renda variável seja uma aventura proibida aos investidores casuais. No entanto, dependendo do perfil de risco, essa pode ser uma ótima porta de entrada para aplicações mais arrojadas.
Segundo Roberto Vertamatti, diretor de economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), quando se fala em renda variável, refere-se a ativos financeiros que possuem retornos não previsíveis, ou seja, ao investir nesta categoria, você não tem certeza do quanto o seu dinheiro irá render ao longo do tempo. “Há o risco, mas sem dúvida, trata-se de uma modalidade cuja possibilidade de ganho é maior. São aplicações de médio e longo prazo”, complementa o diretor da entidade.
É importante ressaltar que todo fundo possui um regulamento e o investidor tem acesso a esse documento no momento de entrada. “Todas as regras estabelecidas e dispostas neste documento devem ser seguidas pelo gestor dos recursos, o que traz para o investidor a tranquilidade de conhecer previamente as regras do jogo”, explica Luciana Cavalcanti Ramos Ikedo, especialista em investimentos.
Os tipos de fundos de investimento em renda variável
Os mais conhecidos são os fundos de ações, multimercado, cotas ou quinhões de capital, commodities (ouro, moeda e outros), derivativos (contratos negociados nas Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas), imóveis e ETFs (Exchange Traded Funds, ou Fundos de Índice).
E qual é o mais indicado? Aquele que atende às necessidades, objetivos financeiros e, principalmente, o perfil de risco do investidor. O risco sempre preocupa, mas uma das maneiras de diminuí-lo é não investir todo seu dinheiro em uma única modalidade. “Entendo que a diversificação, ou seja, não colocar todos os ovos na mesma cesta, é essencial para que a relação risco versus retorno obtenha o melhor resultado, ou seja, a maior rentabilidade com o menor risco possível”, ressalta Luciana Ikedo.
Como os fundos de investimento funcionam?
Ao comprar cotas de um determinado fundo, o cotista aceita suas regras de funcionamento (aplicação, resgate, horários, custos etc.) e passa a pagar uma taxa de administração para que um gestor coordene seu funcionamento.
Para Ikedo, a principal diferença entre investir com um banco ou corretora é que no banco o cliente terá acesso aos fundos distribuídos exclusivamente por esta instituição bancária. Já nas corretoras, o investidor tem acesso a maior diversidade de fundos de diferentes instituições, ou seja, é maior a probabilidade de acessar uma maior variedade de fundos.
Mesmo com um bom gestor, a partir do momento em que o investidor entrou para esse universo de negócios, ele precisa se inteirar sobre os acontecimentos, afinal, é o dinheiro dele que está sendo investido. Nesse quesito, Artur Igreja, especialista em inovação e finanças e professor da FGV, aponta que não é porque há um corretor cuidando dos investimentos que o investidor deve terceirizar tudo.
“É muito importante ter informações e conhecimentos sobre os investimentos para poder, junto ao gestor, tomar as decisões de maneira consciente. Antes de escolher uma corretora, conheça algumas, compare as performances e as taxas administrativas. O investidor precisa saber o que é bom para o dinheiro dele”, recomenda Igreja.
Para quem prefere transferir completamente a responsabilidade por cuidar de seu patrimônio, existem as asset managements – caso da Investcoop Asset Management, gestora de recursos da Seguros Unimed. Falamos mais sobre essa modalidade de nesta matéria.
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