Sempre falamos sobre o PGBL e VGBL, modelos de previdência para quem deseja poupar dinheiro para a aposentadoria. Porém, você já ouviu falar nos fundos de pensão?
“Trata-se de uma entre as diversas opções de investimentos que permite que o trabalhador obtenha rendimentos futuros, ou seja, aposentadoria complementar”, resume Alcidney Sentallin, professor de Gestão Financeira da IBE conveniada FGV e consultor de negócios.
Eles funcionam de maneira similar aos planos de previdência que você já conhece: basta contribuir com parte do seu salário. Porém, neste caso, a empresa que você trabalha ou cooperativa à qual é associado também colabora com determinada quantidade.
Como os fundos de pensão funcionam?
“A vantagem dos fundos de pensão é possibilidade de a empresa patrocinadora complementar o investimento. Isso é um atrativo para os cotistas desses fundos. Por exemplo, você pode contribuir com 5% do seu salário e a empresa também irá contribuir com 5%”, conta Joelson Sampaio, professor do curso de Ciências Econômicas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap).
Esse é o modelo chamado de Contribuição Definida (CD) e, quando chega a fase de desfrutar do benefício, a renda mensal é recalculada todo ano com base no saldo de reserva.
No caso do modelo Benefício Definido (BD), há garantia de valor da renda ou de rentabilidade mínima na fase de benefício. Porém, o valor da contribuição varia ao longo dos anos. O modelo chamado de Contribuição Variável (CV) é uma espécie de combinação entre CD e BD, sendo que cada plano tem suas próprias regras.
Em todos os modelos, o dinheiro recolhido é entregue a uma empresa, que administra os recursos. Um exemplo é o Fundo de Pensão Multipatrocinado- Multicoop, administrado pela Seguros Unimed, que recentemente alcançou R$ 1 bilhão em reservas.
Previdência privada aberta ou fechada?
Diferentemente de PGBLs e VGBLs – que são chamados de previdência privada aberta e podem ser adquiridos por qualquer pessoa física –, os fundos de pensão são considerados fechados. “Assim, eles são acessíveis apenas aos trabalhadores de empresas que contam com este benefício ou entidades de classe, sendo que, em ambos os casos, a participação é facultativa”, explica Sentallin.
Outra diferença se deve ao fato de que fundos de pensão são juridicamente sem fins lucrativos – o principal objetivo deles é incrementar benefícios oferecidos aos colaboradores. Por outro lado, as entidades abertas de previdência complementar possuem fins lucrativos e são operados por bancos comerciais ou seguradoras.
“Ambas opções têm seus benefícios. O mais importante é fazer as contas, analisando o valor aportado e a expectativa de recebimento para decidir o que é melhor para você”, finaliza Sentallin.
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