A aposentadoria parece um sonho distante para muitos profissionais de saúde, sem ter um empregador para fazer o recolhimento das contribuições do INSS. Mas, mesmo com a possibilidade de fazer as contribuições por conta própria, o valor pago pelo governo não é suficiente para garantir um futuro tranquilo. Para isso, é fundamental buscar opções, como os fundos de previdência, para aproveitar a vida quando quiser parar de trabalhar.
Como os médicos podem planejar a aposentadoria?
Aposentar não é uma tarefa simples para os profissionais de saúde que trabalham por conta própria em diversos consultórios ou possuem a própria clínica. Por isso, é importante ter em mente que quanto antes começar a planejar e guardar dinheiro para aposentadoria, maior será a chance de ter uma reserva para aproveitar o descanso com conforto.
Para começar, Márcia Silva, gerente de investimentos na Sicredi Vale do Piquiri PR/SP, recomenda buscar uma instituição financeira de confiança e um profissional para te ajudar a calcular quanto deseja receber após a aposentadoria. Por exemplo, se o médico quer se aposentar com 65 anos, deve calcular o valor necessário para viver a partir dessa idade.
“O planejamento precisa ser feito com cuidado para não gerar frustrações futuras. Por exemplo, se eu declaro meu imposto de renda de forma simplificada, não tenho necessidade de diferimento fiscal e, portanto, posso optar por fazer um VGBL”, diz.
O que são e como funcionam os fundos de previdência?
Quando um investidor contrata um plano de previdência privada, que pode ser o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), os recursos são aplicados em um ou mais fundos de previdência.
O fundo funciona como um condomínio residencial, ou seja, cada pessoa tem uma casa que no caso de um investimento é representado pela cota e remunera o administrador para gerir e deixar o fundo organizado.
Todos os fundos de previdência possuem regulamento com regras para aplicação de recursos, prazos, horários, taxas e tipos de ativos.
“Atualmente, com os avanços das legislações previdenciárias existem fundos com as mais diversas composições, desde 100% dos ativos em renda fixa, passando por fundos com 100% dos ativos em ações e até mesmo parcelas do seu capital no exterior”, explica.
Qual o melhor plano para a aposentadoria?
Na hora de escolher o plano, o investidor precisa avaliar alguns aspectos que podem ser mais vantajosos. No PGBL, o imposto de renda incide sobre o montante investido e o contribuinte pode abater até 12% da renda bruta anual na declaração anual entregue à Receita Federal. O valor que ultrapassar não é dedutível.
Para quem faz a declaração simplificada do IR, o VGBL é a opção mais adequada porque o imposto incide sobre os rendimentos e não no valor total do resgate.
Ademais, os médicos devem ficar atentos aos modelos de tributação para não acabar perdendo dinheiro. Na tabela regressiva, a alíquota do imposto de renda começa em 35% nos primeiros anos e vai encolhendo até chegar em 10%. Portanto, quanto mais tempo você deixar o dinheiro, menor será o valor da tributação. Veja as regras abaixo:
Até 2 anos (alíquota de 35% ao ano)
2 a 4 anos (30%)
4 a 6 anos (25%)
6 a 8 anos (20%)
8 a 10 (15%)
Mais de 10 anos (10%)
Já no modelo regressivo, o imposto de renda é calculado com base nos seus rendimentos e a tributação pode variar entre 0% a 27,5%. “É importante notar que a alíquota é definida com base na renda total do investidor, incluindo, além do benefício do plano de previdência, outras fontes como aposentadoria do INSS ou ganhos decorrentes do aluguel de imóveis”, aponta Oliveira.
A tabela regressiva pode parecer a melhor alternativa, mas Oliveira alerta que é necessário fazer uma avaliação criteriosa antes de decidir. “Se, por alguma razão, o investidor precisar resgatar o dinheiro muito cedo, a alíquota pode acabar sendo bem maior que da tabela progressiva”, orienta.
Como escolher os melhores fundos de previdência?
Antes de escolher o melhor fundo de previdência é essencial conhecer o seu perfil de investidor, que vai auxiliar na escolha do investimento adequado para a aposentadoria. O teste de perfil do investidor, conhecido também como teste suitability, considera seu objetivo, tempo, capacidade de aplicações e tolerância ao risco.
Silva diz que o teste é fundamental quando o investidor busca um fundo de longo prazo em um mercado que é, muitas vezes, instável. “Aproveitando as distorções sofridas no mercado, o investidor deve acompanhar esse movimento e avaliar com orientação do seu assessor. Às vezes, o que está bom hoje, daqui dois meses pode não estar, e não porque o fundo deixou de ser bom, mas aquele indexador não está mais favorável para o mercado. Esse tipo de manobra é necessária para que o investidor não fique em um mesmo tipo de benchmark durante anos e com o planejamento prejudicado pelas oscilações do mercado”, afirma.
Outra dica na hora de escolher os melhores fundos de previdência é pesquisar quem é o gestor e os encargos cobrados. Algumas opções possuem taxas de carregamento e saída, que podem ser cobradas caso o investidor queira trocar o tipo do fundo, mesmo que seja na mesma instituição. Portanto, vale optar por investimentos que não tenham este tipo de cobrança. Fuja também de taxas de administração muito altas.
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Por fim, vale lembrar que é sempre interessante diversificar os investimentos. Colocar todos os ovos em uma única cesta é ainda mais arriscado.