Antes de viajar, você provavelmente reserva um tempo para verificar se está tudo bem com o carro: checa se o óleo está em dia, se os pneus estão calibrados e o veículo está pronto para pegar a estrada sem deixá-lo na mão. Com os equipamentos da sua clínica ou consultório não é diferente: planejar a manutenção periódica é fundamental para garantir eficiência e segurança ao seu trabalho.
A quebra de um equipamento sem que o gestor esteja pronto para arcar com o custo pode ter um impacto pesado sobre as finanças – resultando, inclusive, em endividamento. E esse não é o único risco: esse cenário pode comprometer a qualidade do serviço oferecido, frustrando expectativas de pacientes e dos próprios profissionais. “No limite, a falta de manutenção pode inviabilizar a prestação de serviços, levando o prestador à inatividade por um período. Isso acarreta em má reputação e perda de pacientes ao longo do tempo”, explica Juliana Inhasz, professora de economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).
Por isso, planejar os gastos com manutenção, reparos e substituições é a melhor forma de manter a clínica em perfeito funcionamento e preservar sua saúde financeira. “É importante entender a importância de contemplar essas despesas no orçamento, sejam elas preventivas ou não, para evitar sobressaltos”, explica Alcidney Sentallin, professor de gestão financeira da IBE-FGV e consultor de negócios.
Com organização, o profissional poderá não só evitar gastos que não cabem no orçamento, mas também ganhar competitividade. Para Juliana, esse planejamento permite também que o profissional lide melhor com situações adversas e descubra formas mais vantajosas de conduzir suas atividades.
E como fazer isso?
Felizmente, muitos dos custos de manutenção podem ser previstos no orçamento. Sentallin explica que para fazer esse cálculos é importante, primeiramente, conhecer os equipamentos. “Para fazer uma boa gestão, é preciso entender que seu equipamento tem uma vida útil e em determinado momento demandará manutenção e substituição. A melhor forma de conhecer esses prazos é mantendo contato com o fornecedor.”
Com essas informações em mãos, será possível fazer a previsão de gastos e inseri-la no orçamento. O próximo passo será criar uma reserva financeira ao longo do ano para cobrir esses custos.
Por outro lado, há também alguns danos que chegam de surpresa. E, para esses casos, é indicada a manutenção de reserva de emergência. “Assim, quando essas despesas acontecerem, o profissional não precisará se endividar para cobrir os gastos. A sugestão é que cada profissional avalie quanto seria necessário ter para que o seu negócio continuasse produzindo em situação adversa. Mas, no geral, o montante de despesa de dois ou três meses costuma ser uma reserva emergencial interessante”, afirma Juliana. É importante que esse dinheiro seja mantido em uma aplicação financeira. Esse investimento deve ser preferencialmente conservador e com alta liquidez, ou seja, de fácil resgate.
Por fim, outra opção a ser considerada são os seguros. A Seguros Unimed oferece, por exemplo, o Seguro Unimed Empresarial Clínicas e Consultórios, que garante danos de causa externa a equipamentos hospitalares, clínicos e laboratoriais, além de oferecer outras coberturas ao seu patrimônio.