Com quatro anos de existência, o modelo de Atenção Primária à Saúde (APS) da Unimed Jaboticabal traz, desde sua raiz, a ideia de que o cuidado não deve ficar restrito ao tratamento de doenças. A análise do contexto em que o paciente vive, de seu histórico e de um conjunto de variáveis mais amplas, que apenas um olhar mais atento pode perceber, acontece desde o primeiro contato do beneficiário com o sistema de saúde e permanece ao longo do tempo.
Atualmente, a metodologia é destinada a colaboradores e familiares de planos empresariais, mas, para 2018, será também oferecido para pessoas físicas. Os atendimentos acontecem no Espaço Viver Bem, e contam com médico de família, um clínico geral, uma enfermeira, um técnico de enfermagem e um auxiliar administrativo. Depois da consulta médica, no pós-atendimento, o paciente é encaminhado pela enfermagem para dar prosseguimento à realização de exames e de consultas com especialistas indicados.
O time profissional sempre está bem alinhado para acompanhar o paciente desde o início de seu tratamento, sempre pronta para monitorar individualmente cada um dos perfis por meio das informações do prontuário eletrônico e de estratégias traçadas de acordo com as enfermidades. E o contexto familiar é considerado nesse processo. “Temos uma lista de clientes com suas principais comorbidades, que são monitoradas pela equipe. Resolvemos e tratamos 85% dos problemas e queixas. Convidamos os demais familiares a também agendar uma consulta e orientamos mudanças dos hábitos de vida da família e não apenas individuais.”, explica Guilherme Malago, médico de família da Unimed Jaboticabal.
A carteira conta atualmente com 1.600 vidas, mas a capacidade é para atender um total 8.000 pessoas. Os principais atendimentos são de pacientes com hipertensão, diabetes, resfriados, lombalgia e até pré-natal de baixo risco. É comum, também, um intenso trabalho com puericultura, área dedicada ao estudo dos cuidados com o ser humano em desenvolvimento.
Segundo o médico de família, esse novo modelo assistencial organiza o cuidado de acordo com as necessidades de forma racional, além de trazer um acompanhamento para possíveis clientes que possam vir a abandonar algum tratamento, trazendo-lhes a sensação de que estão seguros e assistidos. O método incentiva que profissionais e pacientes mantenham uma relação de corresponsabilidade. Com o elo mais fortalecido, o cliente também se sente responsável por fazer seus exames em dia, participar de programas de prevenção e estabelece um compromisso com o próprio cuidado. Essa postura é importante para evitar complicações futuras em doenças crônicas, por exemplo.
Além desses fatores, é possível perceber a melhoria no acesso, na saúde, na satisfação dos clientes e também nos aspectos administrativos e financeiros da cooperativa. O atendimento fica mais organizado, ágil e eficaz, o que fortalece a certeza de que esse modelo ainda pode ampliar seu espaço de participação entre a comunidade que procura uma atenção de qualidade e acessível.
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