A higiene das mãos é a ação mais importante para a prevenção e o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) nos serviços de saúde. A prática é tão eficaz que foi uma das orientações mais significativas durante a época da pandemia. Essa ação também é primordial no atendimento odontológico.
A campanha mundial ‘Salve vidas: higienize suas mãos’, estimulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e apoiada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2019 tem como tema: “cuidado seguro para todos está nas suas mãos”.
CURIOSIDADE!
Ignaz Semmelweis (1818 – 1865), um Médico ginecologista e obstetra húngaro, é tido como o pioneiro dos procedimentos antissépticos e ficou conhecido como o “salvador das mães”, por sugerir a lavagem das mãos para diminuir a incidência de infecção pós-parto. Um hábito que hoje é tão óbvio, não era consenso entre a comunidade médica até o século XIX.
Por que higienizar as mãos?
Essa prática pode minimizar a população microbiana das mãos e interromper a cadeia de transmissão de infecção entre pacientes e profissionais da área da saúde, mas atente-se com a técnica.
Quem deve higienizar as mãos?
A ação não se restringe somente aos profissionais, o paciente e seu acompanhante também precisam seguir as recomendações para prevenir a transmissão de doenças.
Como fazer a higiene das mãos?
A higiene das mãos pode ser usando água e sabão líquido ou usando álcool gel. A escolha dos métodos para a higienização das mãos depende do tipo de trabalho e a contaminação nas mãos.
A higienização das mãos com água e sabão deve ser escolhida sempre que houver umidade ou sujeira visível nas mãos. Enquanto o uso do álcool em gel só deve ser feito quando as mãos estiverem secas e sem sujeira aparente.
O Protocolo para a Prática de Higiene das Mãos em Serviços de Saúde tem como finalidade instituir e promover a higiene das mãos nos serviços de saúde do país, com o objetivo de prevenir e controlar as IRAS, visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes.

Quando deve-se higienizar as mãos?
As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e necessários, de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para prevenção de IRAS, causadas por transmissão cruzada pelas mãos.

Além dos 5 momentos para higiene das mãos, elas devem ser higienizadas pelos profissionais de saúde bucal:
- Na paramentação e desparamentação;
- Ao trocar de luvas;
- Após tossir e espirrar;
- Antes das refeições e preparo de alimentos;
- Após utilizar o banheiro.


VALE LEMBRAR!
Todos os produtos destinados à higienização das mãos devem ser registrados na Anvisa. Essa é a garantia de que em sua composição estão presentes substâncias seguras para aplicação na pele, que o produto foi submetido à testes de toxidade dérmica e ocular, e apresenta a atividade microbicida desejada.
Além disso, os sabonetes líquidos (com ou sem antisséptico) e antissépticos a serem aplicados nas mãos não podem ter registro na Anvisa como saneantes, pois os saneantes são destinados a objetos e superfícies inanimadas.
A RDC/Anvisa n° 42/2010 dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos pelos serviços de saúde do país.
Gestores e lideranças devem garantir a disponibilização contínua de equipamentos e insumos para a higiene das mãos (dispensadores contendo preparação alcoólica para as mãos, sabonete líquido e água, além de toalhas descartáveis) para os profissionais de saúde bucal, em locais próximos ao paciente.
Além disso, as estações funcionais de higiene das mãos devem estar disponíveis a todos os pacientes e familiares e a 5 metros de banheiros, bem como nas entradas e saídas, em salas de espera, refeitórios e em áreas administrativas.