Para os investidores que desejam mergulhar na bolsa de valores, mas ainda têm algum receio, o mercado disponibiliza uma opção interessante que pode minimizar os riscos e trazer bons resultados a longo prazo: as ETFs. Para entender como investir em renda variável de um jeito mais tranquilo, conversamos com especialistas no assunto.
A ETF é a sigla de Exchange Traded Fund ou Fundos de Índice, que é como uma cesta de ações espelhadas por um índice. A ETF mais comum é o BOVA11, que acompanha o índice Ibovespa da Bolsa de Valores de São Paulo.
“É uma modalidade de investimento popular nos mercados internacionais, com menor taxa de administração em comparação aos fundos de investimento. Permite ao investidor, por meio de um pequeno capital, montar uma carteira diversificada. O ativo pode ser transacionado e, a priori, não possui data de vencimento”, explica Marcio Wu, coordenador do Instituto de Finanças da FECAP.
Até setembro de 2019, a captação líquida das ETFs somou R$ 7,4 milhões, segundo o levantamento da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Por se tratar de renda variável, esse investimento tem risco de mercado que impacta na variação de preços dos ativos que compõe a ETF. Desse modo, é uma aplicação recomendada para perfis moderados e arrojados, segundo Márcia Guerra, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Sicredi. “Para aqueles que desejam arriscar um pouco mais, com menor custo e gestão feita por um especialista que propõe uma alocação adequada”, diz.
Antes de aplicar é importante identificar o perfil de risco do investidor, seus objetivos, buscar informações sobre o índice que está atrelado a ETF e também a taxa de administração. “Procure uma corretora séria e profissionais com boa reputação no mercado. Avalie previamente a composição da carteira do fundo e se a rentabilidade atual é muito diferente da rentabilidade média dos últimos 12 meses”, pondera Guerra.
A rentabilidade da ETF depende do índice ou da carteira vinculada. “Como a maioria dos ativos que compõem as ETFs são de ações ou de ativos pós-fixados, é muito difícil garantir uma rentabilidade para este tipo de investimento”, explica Wu.
As ETFs são boas alternativas para diversificar a carteira de investimentos. Com os fundos de índice, o investidor compra um ativo e tem acesso a uma carteira diversificada que acaba diminuindo o risco. Vale enfatizar que as ETFs não possuem prazo de vencimento específico, portanto é possível obtê-los em dias ou anos.