O presidente da Seguros Unimed e da Fundação Unimed, Helton Freitas, participou , no dia 3/05, do Workshop Remuneração por Performance, uma iniciativa da Unimed João Pessoa. Freitas comentou sobre os diferentes modelos de remuneração médica existentes, citando vantagens e desafios de cada um dos modelos. Entretanto, não apontou um único modelo como o melhor dentre os demais. “Todos eles têm prós e contras. Por isso, hoje, o que temos visto tem sido a combinação de alguns deles”, justificou. Segundo o executivo, que abordou o tema “Cultura de Reconhecimento de Valor”, a saúde baseada em valor deve estar embasada em alvos e prioridades como performance e mérito (o que requer educação continuada, habilidades e atitudes e exige adesão aos protocolos assistenciais e às normas da organização e leva à geração de valor, que são os benefícios entregues).
Para ele, o objetivo principal de um modelo remuneratório que inclua indicadores de mérito é assegurar a conformidade de cumprimento dos requisitos definidos. “´É fundamental medir o grau de conformidade, a partir de requisitos como formação médica (cursos, titulações, produções científicas etc.) e ter protocolos assistenciais e organizacionais (cumprimento de normas, padrões e regras)”, disse Freitas, segundo o qual a entrega de valor em saúde estará comprometida se não houver um processo que obedeça às seguintes etapas: planejamento, acompanhamento, mensuração e execução. “E essas métricas devem contribuir para que se atinjam quatro alvos assistenciais: uso eficiente do leito hospitalar, aumento da segurança assistencial , redução de internações evitáveis e de readmissões preveníveis”, informou.
Helton Freitas listou, ainda, os atributos que, na sua visão, conferem valor a um sistema de saúde: segurança, eficácia, centralidade no paciente, e equidade. “A meu ver, o objetivo a ser perseguido é o Triple Aim”, disse, referindo-se a um conceito derivado do inglês que significa Metas Triplas e que foi desenvolvido nos Estados Unidos para descrever uma abordagem de otimização de performance dos sistemas de saúde. “Esse tripé deve considerar a saúde da população, a experiência do paciente e o custo per capita. E cada um desses fatores influencia o outro. Esse equilíbrio entre as partes é fundamental, uma vez que todas elas são igualmente importantes e estão interconectadas” assegurou Freitas.
Também painelista do Workshop, Elias Leite, diretor Comercial de Produtos e Marketing da Seguros Unimed, abordou o tema “Uma cultura de encantamento de clientes”. Ele apresentou uma pesquisa da Universidade de Harvard, entrevistou mais de 4 mil pessoas em todos os continentes, na tentativa de identificar o que leva as pessoas a deixarem de comprar. A pesquisa mostrou que 68% dos entrevistados que haviam deixado de consumir certas marcas o fizeram em razão de atendimento inadequado, ao passo que apenas 9% atribuíam a desistência ao preço elevado do produto ou serviço. “Todas as vezes que tentamos nos diferenciar por meio dos preços, os resultados não são positivos. O que os clientes priorizam, cada vez mais, é o atendimento de qualidade sobre todas as coisas. Então, colocar o cliente no centro e fazer com que ele tenha uma experiência positiva o manterá fiel à marca”, informou. Para Elias, muito mais relevante do que o preço que se paga por algo é o valor que o cliente atribui a essa coisa. “Esse conceito, o da economia da experiência, a meu ver, se adapta muito bem ao Sistema Unimed”, concluiu.


















