A manutenção de bons hábitos para uma vida saudável é fundamental para reduzir os riscos de demência – cerca de 150 tipos de doenças que promovem o declínio progressivo da capacidade intelectual de uma pessoa podem ser evitados se incluirmos pequenas mudanças no dia a dia.
Um estudo realizado na Escola de Medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e publicada no periódico JAMA mostrou que pessoas que adotam quatro ou cinco hábitos de vida saudáveis têm 60% menos chances de desenvolver problemas neurológicos. Aqueles que mantêm de um a três hábitos saudáveis, por sua vez, diminuem essas chances em 22%. A pesquisa chegou a esse resultado depois de acompanhar 196 mil pessoas por cerca de oito anos.
Os participantes da pesquisa foram pessoas com 60 anos ou mais, com informação genética disponível e sem diagnóstico ou sinais de demência. Foram estabelecidos quatro fatores de risco para a doença: tabagismo, realização ou não de atividades físicas, dieta alimentar e consumo ou não de álcool. Por atividade física, os pesquisadores compreenderam a realização de pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana. Na questão da dieta de qualidade, foi considerado o consumo de quatro a sete alimentos bons para a saúde cardiometabólica.
Os participantes responderam questionários sobre o estilo de vida e realizaram exames de DNA para avaliar a condição genética. Entre os achados, a pesquisa evidenciou que pessoas com alto risco genético para demência e um estilo de vida desfavorável têm maior risco de incidência do que aqueles com baixo risco genético e estilo de vida favorável. O estudo também mostrou que um estilo de vida favorável foi associado a um menor risco de demência, independentemente do risco genético. Foi mostrado ainda que um caso de demência poderia ser evitado em cada 121 pessoas com alto risco genético caso eles melhorassem seu estilo de vida. Os investigadores ponderam, entretanto, que a amostra pesquisada se restringiu a pessoas entre 60 e 73 anos, de ascendência europeia.
De qualquer forma, o estudo ressalta que mudar os hábitos de vida é fundamental para se preparar para a longevidade, mas esse é ao mesmo tempo um desafio para muita gente. Sabendo disso, o Sistema Unimed lançou o movimentocuida “Mude1Hábito”, que incentiva brasileiros na busca por uma vida mais saudável. A iniciativa atua em várias frentes, incluindo a realização de ações em todo o País, a divulgação de conteúdo sobre o tema em um site e na interlocução digital com os beneficiários e o público em geral.
Inicialmente criada para encorajar a melhoria de qualidade de vida das pessoas a partir de pequenas mudanças, a campanha teve grande aceitação por parte da sociedade e das cooperativas e logo ampliou sua dimensão na estratégia de marca da Unimed, tornando-se um movimento nacional. “Desenvolvemos campanhas anuais com temas específicos. No último ano, incentivamos as pessoas a ‘se colocarem na agenda’ e a se priorizarem frente aos inúmeros compromissos habitualmente assumidos no dia a dia. Já para este ano, queremos tirar as pessoas da posição de espectadoras passivas e engajá-las para se manterem saudáveis”, explicou o diretor de Desenvolvimento de Mercado da Unimed do Brasil, Darival Bringel de Olinda.
O Mude1Hábito visa criar uma onda de cuidado em todo o País. “Por meio de ações em mídias on e offline e de experiências oferecidas pelas Unimeds em diversas partes do Brasil e envolvidas no tripé Equilíbrio, Movimento e Alimentação, procuramos incentivar as pessoas na busca pela melhor versão de si”, detalhou Darival.
Entre as ações estão o estímulo à leitura, prática de ioga, dedicação de mais tempo à família e amigos, destinação correta do lixo, parcerias com teatros e cinemas, academias ao ar livre, passeios ciclísticos, corridas e caminhadas, quitandinhas de frutas, bike suco e incentivo às trocas saudáveis na alimentação. Desde o ano passado, quando iniciado o levantamento, a iniciativa registrou um total de 1.153 ações realizadas em todas as regiões do Brasil, por 170 das 283 Unimeds operadoras, impactando 728 mil pessoas diretamente e 14,7 milhões de maneira indireta.