O diretor-executivo de Provimento da Seguros Unimed, Luis Fernando Rolim, esteve no Paraná, onde participou de uma mesa-redonda durante o 11º Encontro de Saúde Coletiva de Curitiba, realizado entre os dias 22 e 24. O tema do encontro, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, foi “Saúde 4.1: para uma Curitiba mais humana e conectada na sua saúde” e teve por objetivo incentivar a produção, a divulgação e o compartilhamento de experiências entre servidores da rede do SUS Curitiba, pesquisadores, professores e alunos das instituições de ensino conveniadas aos SUS Curitiba.
Rolim dividiu a mesa-redonda com Beatriz Battistela Nadas, Secretária Municipal de Saúde de Curitiba; Flávia Cilene Quadros, superintendente de Gestão de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde da capital paranaense; Ana Estela Haddad, Secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde; e de Rafaela Wagner, pediatra no Centro de Atendimento do Fissurado Lábio-palatal (CAIF).
A expressão Saúde 4.1 é usada para mostrar a evolução do conceito de saúde para uma abordagem mais completa e integrada, e que está alinhada aos avanços tecnológicos e às mudanças sociais e demográficas. Em outras palavras: uma medicina que incorpora elementos interconectados para promover o bem-estar integral das pessoas mas, ao mesmo tempo, trás a noção da unicidade e individualidade de cada cidadão.
Em sua palestra, Rolim abordou a “Tecnologia Exponencial”, caracterizada pelo rápido desenvolvimento, que segue uma curva de crescimento exponencial e dobra o seu desempenho a cada determinado período de tempo, apresentando um potencial de transformação imenso para a sociedade. “As mudanças tecnológicas exponenciais têm provocado transformações quase diárias na nossa maneira de enxergar o mundo. Isso é um processo sem volta, que traz oportunidades, mas que requer cuidados”, disse.
Tecnologia com empatia
Uma das questões envolve o conceito de singularidade tecnológica. Essa hipótese relaciona o crescimento tecnológico exponencial a uma super-inteligência artificial, o que pode trazer mudanças impensáveis para a civilização humana, incluindo a associação cérebro-máquina , dando origem aos super-humanos, capazes de ultrapassar a inteligência humana conhecida, até então. “Não há como controlar esse crescimento. Porém, é fundamental que se discutam os critérios éticos para esse futuro que, em pouco tempo, poderá bater à nossa porta”, advertiu Rolim.
Mas, se por um lado, as inovações tecnológicas podem representar risco, inegavelmente, elas trazem, ao mesmo tempo, oportunidades, sobretudo se pensarmos no setor da saúde. “A velocidade dessas transformações na saúde permitirá a prevenção de doenças e orientará os tratamentos com mais precisão, permitindo terapias menos invasivas e mais acessíveis”, defendeu o executivo, para quem, no entanto, a empatia e o interesse genuíno do médico não podem ser postos de lado, por mais acuradas que sejam essas tecnologias.
“Pensar no futuro da saúde requer o entendimento da necessária quebra de paradigmas na maneira como entendemos e abordamos a saúde. É preciso integrar avanços tecnológicos, focar na prevenção e promoção da saúde dentro de uma abordagem holística, no empoderamento do paciente e na colaboração interdisciplinar entre profissionais de saúde, pesquisadores, formuladores de políticas, comunidades etc., de modo que se possa atingir o bem-estar mais completo e sustentável”, explicou Rolim.


















