De acordo com os dados obtidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a população de idosos no Brasil está aumentando a cada ano. A estimativa é que, em 2042, pessoas com mais de 60 correspondam a 24,5% dos habitantes. Serão mais de 232,5 milhões de brasileiros nessa faixa etária. Esses dados servem para nos fazer pensar na importância do debate sobre como orientar o paciente idoso.
Como orientar o paciente idoso sobre uso da medicação?
O mau uso de medicações é um dos principais agentes de morte em idosos. É preciso criar medidas para evitar intercorrências por conta de intoxicação medicamentosa, esquecimento, dosagem inadequada, overdose, entre outros incidentes.
Faça uma tabela com o nome de cada medicamento e o horário que deve ser tomado. Caso o paciente seja analfabeto, é importante usar recursos visuais que auxiliam na identificação do remédio, dosagem e hora da administração.
Como orientar o paciente idoso sobre prevenção de quedas?
Idosos com histórico de queda devem ser acompanhados pelo geriatra para que o profissional possa identificar o que está causando esse incidente. A partir do diagnóstico obtido, é possível tomar as medidas para evitar novos episódios.
Oriente o paciente ou seu acompanhante a eliminar obstáculos que possam provocar escorregões e usar sapatos antiderrapantes. Também é fundamental instalar corrimãos, entre outros suportes de segurança nos ambientes onde o idoso circula.
Como orientar o paciente idoso sobre a realização dos exames?
Periodicamente, é preciso avaliar o estado de saúde do idoso por meio da realização de exames laboratoriais e de imagem. Nesse caso, é importante que o paciente esteja acompanhado de um adulto.
Caso seja necessário algum preparo prévio ou jejum, o mais indicado é que essa etapa seja assistida por uma pessoa capacitada. Lembre-se de que os principais cuidados de enfermagem com o idoso envolvem muito mais do que companhia.
Como orientar o paciente idoso sobre alimentação?
O nutricionista é o profissional mais indicado para te ajudar em como orientar o paciente idoso a se alimentar. Afinal, ele saberá indicar o cardápio de alimentos essenciais para essa fase da vida.
Em linhas gerais, é preciso adicionar à dieta alimentos com função reguladora, já que a digestão tende a ser mais lenta. Derivados de leite também são importantes pelo fato de contarem com ótimas fontes de cálcio.
Alimentos que são fontes de energia devem entrar no cardápio, uma vez que eles ajudam na disposição física e mental. Fontes de zinco auxiliam no bom funcionamento do sistema neurológico. A hidratação também é fundamental nessa idade.
Como orientar o paciente idoso com relação à COVID-19?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), pessoas com mais de 60 anos devem restringir o contato social e redobrar as medidas de prevenção da Covid-19.
Vale mencionar que quem tem hipertensão, diabetes, problemas respiratórios, cardiológicos, neurológicos e renais faz parte do grupo de risco. Esses idosos devem evitar aglomerações e contatos com quem viajou ou está com suspeita da doença.
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Como ajudar um idoso a se locomover?
É importante considerar que velhice não é uma doença. Isso quer dizer que é necessário estimular o idoso a ter o máximo de autonomia, principalmente quando o assunto é locomoção. Estimule a andar pela casa ou fazer um passeio na rua com a sua companhia.
Mesmo quando a locomoção é limitada, é possível contar com o apoio de bengala, muleta, cadeira de rodas ou andador. É fundamental garantir que o trajeto esteja livre e sem a presença de obstáculos para evitar acidentes.
Quais os principais cuidados de enfermagem destinados ao idoso?
Como já dissemos, cuidar de um idoso vai muito além da simples companhia. É fundamental que a pessoa responsável por ele compreenda suas necessidades e limitações físicas, emocionais, sociais e culturais.
Destinar atenção especial à higiene, controle de medicação, alimentação, realização de consultas e exames é de extrema importância. Todos esses processos serão ainda mais eficazes se houver confiança na relação entre cuidador e paciente.
Lembre-se de que a tendência é que as pessoas se sintam excluídas quando chegam na terceira idade. Por isso, é importante que você compreenda que o fato de como orientar o paciente idoso deve incluir medidas que contemplem a saúde mental.
É nesse contexto que está o cuidado multidisciplinar. Ele envolve a participação da família, enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros agentes.
Todos devem garantir que ele se sinta acolhido, útil e valorizado no seu dia a dia. Isso inclui estratégias de colaboração, sempre considerando sua capacidade física e cognitiva e promovendo melhor qualidade de vida.