Depressão é a principal causa de problemas de saúde nas empresas, por isso a saúde mental dos funcionários deve ser uma prioridade. Saiba mais.
Em 2019, a Unimed Rio e a Unimed Ceará foram destaque no ranking nacional da consultoria multinacional Great Place to Work (GPTW), que reconhece as melhores empresas para trabalhar seguindo uma metodologia que avalia as práticas culturais das empresas.
O processo de avaliação envolve uma pesquisa de qualidade do ambiente de trabalho, comentários dos funcionários sobre os aspectos que fazem da empresa um bom lugar para se trabalhar, e como melhorar. Além disso, há um ranking específico com questionários mais detalhados sobre o tema, como a representatividade de mulheres nas organizações, o que não deve ser uma preocupação apenas das grandes corporações.
Por que sua clínica deve se preocupar com um ambiente de trabalho saudável?
Em meio às pressões e prazos do dia a dia, o estresse, transtorno de ansiedade e burnout são temas cada vez mais frequentes nas empresas. A depressão é a principal causa de incapacidade no trabalho, segundo a Organização Mundial da Saúde, e demonstra a urgência de ter um ambiente salutar.
No caso das clínicas e consultórios, um espaço de trabalho saudável vai refletir no atendimento dos pacientes, pois os funcionários precisam receber pessoas, muitas vezes vulneráveis, com gentileza, empatia e positividade para proporcionar uma boa experiência.
“Um ambiente saudável é aquele lugar em que você vai trabalhar sorrindo, consegue cumprir o seu propósito de vida, fazer um bom trabalho e ser reconhecido por isso com remuneração e feedback positivo. É importante que as correções sejam de feitas de forma respeitosa, sempre fazendo a pessoa entender o motivo de ser corrigida e o que precisa melhorar”, explica Luciana Tegon, headhunter e especialista em RH.
Como criar um ambiente de trabalho saudável
Ações de bem-estar devem abranger a saúde física e mental. Algumas empresas já se preocupam em criar um espaço que estimula a alimentação saudável, exercícios físicos e check-up geral de saúde, mas acabam esquecendo de olhar para questões psicológicas.
Dessa forma, o primeiro passo é criar um ambiente psicologicamente seguro para que o funcionário se sinta confortável em expressar sua identidade e opiniões, sem a preocupação com consequências negativas, segundo Lilian Cidreira, CEO da Future Minds e especialista em gestão.
“Outro ponto importante é em relação à sua liderança. Reserve um tempo na sua agenda para conversar com cada membro da equipe e entender como está a vida de modo geral, porque isso facilita a identificação de possíveis doenças. Vale ressaltar que esta ação precisa ter um interesse real do gestor com a equipe para que seja válida e crie esse ambiente seguro”, afirma Cidreira.

Ela ainda pontua que, provavelmente, no início a equipe não ficará confortável em se abrir, mas ao longo do tempo o processo fica natural e as relações se fortalecem. “É um processo de mudança de cultura e que levará um tempo para construir a confiança dos funcionários. O importante é a empresa ter consciência de que sem fazer nada, ela passa a ter um risco grande de afastamentos, o que afeta diretamente a produtividade”, destaca.
Todas essas ações têm custo zero para a empresa e podem resultar em aumento de produtividade e engajamento. Para os funcionários é benéfico trabalhar em um ambiente mais aberto, diverso e que preze pela qualidade de vida.

















