Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 57.960 novos casos de câncer de mama feminina no Brasil para 2017. Esse é o tipo mais incidente de câncer em mulheres no País, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Em 2015, 15.403 mulheres perderam a vida por conta da doença. Os números preocupantes mostram a importância do diagnóstico precoce – e este é um cuidado que deve ter toda a atenção dos médicos e demais profissionais da saúde.
“O diagnóstico precoce não só contribui para melhor taxa de cura e sobrevida livre de doença, como também permite a utilização de mais opções terapêuticas, aumentando as chances de cirurgias conservadoras e reduzindo a necessidade da quimioterapia”, afirma Rodrigo Pereira de Freitas, mastologista do Centro de Mama do Hospital Samaritano Higienópolis (SP). Em outras palavras, descobrir o câncer de mama em seus estágios iniciais permite seguir tratamentos eficazes e de menor impacto para a paciente.
Medidas para o diagnóstico precoce
Por meio da anamnese completa, o médico deve identificar quais pacientes apresentam maior risco e, com base nessa análise, adotar medidas que auxiliem a detecção precoce.
Entre os fatores de risco, podemos destacar: obesidade; consumo de álcool (a partir de duas taças por dia); tabagismo; uso de terapia de reposição hormonal; mulheres que têm parentes de primeiro grau com câncer de mama ou ovário antes dos 50 anos ou parentes de homens com câncer de mama; mulheres que não passaram por uma gestação ou que tiveram o primeiro parto após os 30 anos; mulheres que não amamentaram; que apresentam primeira menstruação precoce; menopausa tardia; densidade mamária aumentada após a menopausa; histórico de radiação torácica ou mutação genética conhecida.
Esses fatores de risco determinarão o grau do risco de desenvolver a doença. De acordo com Freitas, pode-se adotar as seguintes medidas:
- Pacientes de baixo risco: rastreamento normal com mamografia a partir de 40 anos;
- Pacientes de risco moderado: rastreamento normal com mamografia a partir de 35 anos, podendo associar ultrassom e avaliação de risco e benefício de realizar também ressonância magnética das mamas e quimioprevenção;
- Pacientes de alto risco: rastreamento com mamografia e ressonância magnética a partir de 25 anos e avaliação de um geneticista. Também é válido discutir com a paciente medidas de redução de risco, como quimioprevenção e cirurgias.
“O melhor método de rastreamento mamário ainda é a mamografia, mas ela não é infalível. Por isso, temos como complemento a realização de ultrassom e ressonância magnética das mamas em casos selecionados e de maior risco”, orienta Freitas.
Outra medida importante é estimular que a mulher conheça seu corpo. “Ela precisa ser bem orientada. Com isso, ela pode desenvolver o hábito de se auto-examinar e fazer os exames de rotina. A mulher que se cuida e valoriza a saúde da mama terá muito mais chances de, tendo um tumor na região, o encontrar em fase inicial, propiciando tratamento eficiente e cura”, ensina João Bosco, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia regional São Paulo.
Existe prevenção?
Para Bosco, prevenir é uma medida quase impossível e, por isso, os profissionais da saúde devem se concentrar nas medidas de diagnóstico precoce. Porém, alguns fatores de risco podem ser evitados. “Antes de tudo, como médicos, devemos estimular hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, atividade física e combate ao estresse, ao tabagismo, ao alcoolismo e à obesidade”, aponta Freitas.
Por isso, a Seguros Unimed desenvolveu o Unimed Mulher, seguro de vida customizado para as necessidades femininas. Seu diferencial é oferecer cobertura com indenização especial para diagnóstico de câncer, no qual a segurada recebe o adiantamento de até 40% da cobertura básica (limitado a R$ 40 mil) para o primeiro diagnóstico de câncer de mama, útero ou ovário. Além disso, ele também oferece descontos em clínicas de estética e beleza.