Trabalhar em equipe exige uma série de habilidades dos funcionários. Este conceito, porém, é amplamente incentivado no cooperativismo – afinal, ele é baseado na ideia de que todos ganham quando estão juntos. Diversos valores e pilares sustentam o modelo – todos eles relacionados à solidariedade, democracia, igualdade e transparência –, os chamados princípios básicos do cooperativismo. Eles são responsáveis por guiar a atuação das cooperativas na prática.
Há algumas maneiras de adotar estes princípios no dia a dia de sua clínica ou consultório, mesmo que você não seja associado a uma cooperativa, e obter resultados surpreendentes – tanto no desempenho da equipe quanto no crescimento de seu negócio. Entenda como a seguir.
1 – Princípio da Gestão Democrática
Nas cooperativas, ele indica que todos seus membros participam ativamente na tomada de decisões, afinal, eles também são sócios. “É por isso que a palavra empatia está sempre na cabeça dos cooperativistas. É o exercício de nos colocarmos na posição do outro que nos faz ver onde estão as oportunidades de melhorar”, diz Renato Nobile, superintendente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras).
No seu consultório: na prática, a gestão democrática mostra que, quando todos colaboram, o grupo inteiro evolui. Quando diversas opiniões são ouvidas – neste caso, dos membros das equipes clínicas – enxerga-se mais possibilidades de crescimento, pois são vivências e visões de mundo somadas.
2 – Princípio da Educação, Treinamento e Informação
Ele defende que as cooperativas devem promover a educação para que seus membros e funcionários possam contribuir efetivamente para o desenvolvimento dos negócios.
No seu consultório: capacitação é uma das maiores armas para garantir o melhor atendimento aos pacientes e, consequentemente, evolução dos negócios. Além disso, os funcionários também acabam mais motivados. “É preciso identificar quais são os treinamentos corretos. Alguns ensinamentos não são passados na faculdade, apenas em cursos que o profissional da saúde faz ao longo do tempo, como aqueles que abordam questões de gestão e marketing”, pondera Nelson Destro Fragoso, psicólogo e coordenador de Desenvolvimento e Inovação da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
3 – Princípio da Intercooperação
Se uma das bases do cooperativismo é o trabalho em conjunto, não é surpresa que um dos princípios aborde justamente essa questão. Quando atuam juntas, as cooperativas formam um movimento mais forte e podem servir os cooperados de maneira mais eficaz.
No seu consultório: suponhamos que um mesmo bairro tenha um dentista especialista em ortodontia e um outro em próteses. “Se um indica o outro, eles geram pacientes para os dois lados. São complementares, não concorrentes”, aponta Fragoso. Em um exemplo real, o professor conta que, por ser psicólogo, trabalha em conjunto com psiquiatras de sua confiança para atender melhor seus pacientes. “Isso é inteligência de negócio”, finaliza.

	    	
		    
















