Planejar. Esse é o primeiro passo para construir uma carreira médica sólida e estruturada. Vai abrir um consultório próprio? Quer atuar nessa ou naquela área? Tem em mente trabalhar em determinada cidade, com um público-alvo específico? Planeje. Para tanto, é preciso conhecer o que o mercado pede e como atingir as expectativas.
A definição da especialidade, em conformidade com habilidades e interesses pessoais, é fator preponderante. Tem que “dar match”. “A pessoa tem que se conhecer bem porque a área médica tem um leque muito grande de possibilidades. É possível trabalhar como pesquisador, gestor ou ter uma atuação muito ou pouco focada no contato com o paciente”, explica João Bourbon II, médico e autor do livro “Ser ou não ser médico? – Os 15 segredos que você precisa saber sobre a carreira médica no Brasil”.
A partir daí, é hora de ir à prática, tendo em vista o cenário atual cuja formação não garante mais o sucesso de um médico e a chegada de pacientes ao consultório. “Há 20 anos não tínhamos internet, o conhecimento do médico era único. Hoje, as pessoas vão a uma consulta achando que já sabem o diagnóstico e até o exame que tem que ser feito. Por isso, o papel do médico precisa ser diferente e deve, mais do que nunca, ser focado no paciente”, observa a especialista em Experiência de Pacientes, Kelly Cristina Rodrigues.
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Construir uma boa rede de relacionamentos (networking), desde a faculdade e por toda a trajetória profissional, é igualmente fundamental para a carreira. É preciso construir uma boa relação com pacientes, colegas e players do setor, como convênios e instituições de saúde, bem como estar aberto a participar de grupos de interesse e eventos corporativos, cursos de pós-graduação e especialização, integrar grupos de discussão. Tudo isso vai colocar o profissional no radar, com maior chance de ser lembrado sempre que surgirem novas oportunidades no mercado.
“A marca do médico é construída desde o momento em que ele está estudando, e faz parte desse processo o relacionamento não apenas com o paciente, mas com os colegas, com os convênios de saúde e instituições do setor”, avalia Renato Gregório, mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial, especialista em gestão de carreira médica no Brasil.