Toda e qualquer indústria está passando por transformações. Quem quer sobreviver não tem escolha senão aceitá-las e se adaptar da melhor forma, de preferência, largando na frente.” Para Michel Levy, conselheiro independente da Unimed Participações, o mercado exige rapidez e fomento à inovação.
O tema foi destaque em palestra no terceiro e último dia da programação técnica da 51ª Convenção Nacional Unimed, moderada pelo diretor de Regulação, Monitoramento e Serviços da Unimed do Brasil, Claudio Laudares Moreira.
Levy elencou ao público mudanças em modelos de negócios, como o e-commerce, acelerado durante a pandemia, e transformações recentes, como a Internet das Coisas (IoT), citando o exemplo da sua aplicação no agronegócio.
Na saúde, destacou o advento da telemedicina. “A sua chegada não traz uma tecnologia de outro mundo, apenas usa ferramentas que já existiam para melhorar processos e facilitar a vida do cliente”, disse, ao citar a marcação de consultas de forma on-line, o uso de chatbots, e o receituário digital como exemplos de inovação incremental que trazem melhorias pontuais no processo.
Inovação disruptiva
Para Levy, é preciso focar com proatividade na inovação disruptiva, que transforma e muda o modelo de negócios em todo o setor. “Estimular e valorizar o trabalho em equipe, incentivar a colaboração, olhar para exemplos fora da sua organização de trabalho, investir com a possibilidade de riscos e perdas ao longo do caminho e entender que as pessoas são o seu melhor ativo são características para concretizar este caminho e que devem partir dos líderes como guias neste processo.”
Regulação sobre informações
O palestrante ressaltou como entrave para transformar a saúde digital a falta de regulação clara no uso de informações de beneficiários. “Para revolucionar, é preciso mexer no arcabouço regulatório. As discussões legais e fiscais precisam avançar e serem definidas, para que a inovação se concretize rapidamente”, disse.


















