Um artigo publicado pelo BMJ, antigo Bristish Medical Journal, traz informações sobre a relação entre o consumo de oleaginosas, em especial as amêndoas, com a prevenção de doenças cardiovasculares. Já era sabido que esta as oleaginosas podem ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares, no entanto, a pesquisa traz informações novas sobre o consumo desses alimentos e sua influência na saúde dos pacientes.
O estudo, feito por um grupo de pesquisadores suecos, identificou que o consumo de oleoginosas maior ou igual a três vezes por semana está associado à diminuição em 18% do risco de fibrilação arterial. Já o consumo em uma ou duas vezes por semana foi associado à diminuição no risco de insuficiência cardíaca
As oleoginosas são fontes de ácidos graxos insaturados, proteínas, fibras, minerais como magnésio, potássio, zinco, vitamina E, folato e outros compostos bioativos, como compostos fenólicos e fitoesteróis. O consumo pode influenciar a saúde cardiovascular, melhorando os níveis de lipídios no sangue e a função endotelial (células internas dos vasos), reduzindo o risco de ganho de peso por meio de efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram um estudo de coortes de 61.364 suecos adultos, que responderam a um questionário de frequência alimentar, histórico de dados como doenças cardíacas na família, peso, altura, atividades físicas, entre outros. Eles foram acompanhados por 17 anos, de janeiro de 1997 a dezembro de 2014, por meio dos registros nacionais de doentes e mortes.

O consumo também foi associado à diminuição de risco de infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e aneurisma de aorta abdominal. No entanto, os resultados de maior destaque foram os de fibrilação atrial e insuficiência cardíaca.
Na comparação entre os grupos consumidores e não consumidores, observou-se o grupo que se alimentava com oleoginosas com mais frequência era mais propensos a ter maiores índices de escolaridade e de atividade física e eram menos propenso ao tabagismo ou desenvolvimento de quadros de hipertensão. Também foram registrados menores índices de massa corporal e maior consumo de frutas e hortaliças.
Os pesquisadores acreditam que essa descoberta possa influenciar diretamente na prática clínica, sugerindo o consumo de oleoginosas como uma alternativa para a prevenção, desde a infância, de doenças cardiovasculares.
O artigo original está disponível online.