Desde o começo dessa série de artigos, procurei ordenar as principais condições que um líder deve desenvolver (ou obedecer) no decorrer de seu longo trajeto nessa área de atuação. Iniciamos há 23 meses esta caminhada. Portanto, completa praticamente dois anos. No decorrer desse tempo, estimulado pela matéria e sua repercussão, consegui escrever o livro Liderança Duradoura – Cinco décadas de vivências reveladas – embasado no conceito de que a liderança é uma jornada, e não um destino. Espero ter conseguido apontar caminhos sólidos e fundamentais à construção de carreiras diante desse cenário de acelerada transformação, como pretendia. A obra está na segunda edição, correndo rápido para uma terceira.
Muitos daqueles títulos lá abordados – num outro formato de linguagem e estilo – foram aqui tratados. Os princípios e valores que defendo são os mesmos: respeito, humildade, coragem, cultura, justeza, resiliência, verdade, transparência, entre outros. O reconhecimento de nossas histórias de fracassos, de erros e sofrimento, o quanto podem representar como oportunidades de seguir adiante com mais firmeza. Esses elementos que moldam o caráter apontam os caminhos para a Liderança. São os alicerces que dão solidez à construção do nosso edifício.
Agora, com este artigo rememorativo, no sentido de dar ênfase ao assunto, resolvi encerrar o ciclo Lições para uma liderança duradoura. Afinal, na minha indicação de articulista consta cooperativismo e liderança. Está na hora de voltar aos temas pungentes por que passa o nosso Cooperativismo de Saúde em relação aos desafios da era atual. Muitos são os que precisam ser abordados, na tentativa de procurar soluções urgentes para adequar a prática da doutrina cooperativista (cinquentenária para o Sistema Unimed) com a realidade do mercado competitivo “lá fora”. Não podemos mais adiar essas medidas, sob pena de retrocesso irrecuperável em curto espaço de tempo.
Cabe aos dirigentes do Sistema Cooperativo e Empresarial Unimed (nome que não existe registrado, mas que traduz um significado que todos entendem), assumirem essa tarefa como prioritária. Os assuntos tabus – termo que uso para matérias espinhosas, difíceis de tratar – precisam vir à tona. Construímos uma pirâmide cooperativista e, ao lado, um edifício empresarial. Nesta estrutura diversificada e polimórfica, deve ser encontrada a solução. Basta a unidade de propósitos e as ações que daí decorrem.
No próximo artigo, em continuidade às justificativas aqui expostas, passaremos a tratar especificamente de cada um desses assuntos tabus, elencando “como enfrentar a concorrência de mercado sem perder nossa essência cooperativista”, o primeiro deles.
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