A liderança pressupõe autoridade, que é o direito ou poder de ordenar, decidir, atuar e de se fazer obedecer. Sem autoridade, nenhum pai de família será capaz de manter a boa orientação dos filhos. Por esta condição indispensável ao líder e pelo seu significado etimológico, é imprescindível distingui-la de autoritarismo. Não se pode confundir os dois termos. Um é positivo, acresce valor; o outro é negativo, prejudica a liderança. O autoritarismo constitui-se em obediência absoluta e cega à autoridade. É o oposto da liberdade individual. É a obediência inquestionável.
Ser líder é diferente de ser chefe.
Todos já devem ter lido esta máxima e concordam com ela; menos aquele que é possuído pela chefite aguda e se julga líder. Esta expressão não é encontrada nas pesquisas de significado, tampouco está nos dicionários. Resolvi mantê-la mesmo assim, porque os leitores, que tratam de gestão, administração ou liderança já ouviram falar dela e sabem o que quero dizer com “chefite aguda”. Talvez seja aquele chefe imbuído de autoritarismo.
Ser líder está relacionado mais à postura adotada em relação à equipe do que ao cargo exercido.
O líder não pensa duas vezes para estabelecer parcerias com os colegas e sabe trabalhar em conjunto, valorizando os colaboradores e preocupando-se com o bem-estar da equipe, evitando o erro de querer fazer tudo sozinho. Além disso, tem a sensibilidade necessária para conciliar a cobrança por resultados com o tom certo para manter o grupo motivado e comprometido com os valores da empresa.
Por sua vez, atenção: a condição de chefia desnuda-se relacionada à posição que a pessoa ocupa na hierarquia da empresa. É ele o responsável pelos resultados bons ou ruins (e pela cobrança, quando as metas não são alcançadas, costumam ser pesadas).

O líder, ao contrário do chefe, tem características específicas que o distinguem, tais como:
– Visão estratégica: enxerga o que ninguém vê; guia a empresa na direção correta; antevê os problemas que poderão surgir.
– Autoconhecimento: reconhece seus próprios pontos fortes e fracos; trabalha para potencializar as fortalezas e minimizar os efeitos das eventuais fraquezas.
– Construção de alianças: sabe construir alianças estratégicas que lhe permitam chegar ao resultado projetado. Isso vale tanto numa eleição, quanto ddeurante o processo de governança.
– Cultiva talentos: tem ciência do seu potencial e permite-se agregar pessoas de excelência para o time. Você não é obrigado a saber tudo a respeito de tudo. Tendo pessoas excelentes ao seu lado, trabalha para mantê-las, evitando o turnover. O resultado será de todos, mas a coordenação é do líder.
– Promove inovações: está aberto a enfrentar novas experiências. O líder deve ser flexível e se adaptar às situações, encontrando a solução mais rápida e adequada ao problema. É preciso, ainda, trazer à empresa ‘novidades tecnológicas’ capazes de melhorar o resultado do produto ou da operação, desde que isso agregue valor.


















