Quer praticamente assegurar pelo menos 10 anos a mais de vida? O passo a passo foi apresentado por um estudo de pesquisadores ligado à Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicado no final de 2018. Eles sugerem que o risco de mortalidade cai substancialmente em cidadãos que contemplam cinco requisitos: não fumar; ter um índice de massa corpórea (IMC) entre 18,5 e 24,9, ou seja, sem sobrepeso; praticar um mínimo de 30 minutos diários de atividade física ao menos moderada; ingestão de álcool limitada dentro de um padrão moderado e uma dieta de alto valor nutricional. Manter-se dentro desses cinco padrões eleva sua expectativa de vida no que diz respeito a causas naturais.
O artigo “Impact of healthy lifestyle factors on life expectancies in the US population” foi realizado com informações de outros dois grandes bancos de dados de saúde sobre o povo norte-americano entre os anos de 1980 e 2014. Ao todo, foram 42,1 mil mortes analisadas, de diversas causas possíveis – sendo 13,9 mil decorrentes de câncer e 10,9 mil de problemas cardiovasculares. Com essa realidade em mãos, foi possível estabelecer um ponto de partida que foi fixado nos 50 anos. Em outras palavras, como as decisões em termos de estilo de vida influenciavam a expectativa de vida dali para frente.
O resultado foi que o grupo de pessoas que cumpriam os cinco requisitos apontados como destaque no estudo era composto por homens que viviam, em média, 12 anos mais, em relação aos demais, e mulheres que tinham nada menos que 14 anos de vantagem frente às semelhantes com outros perfis.

Acredita-se que cerca de 60% das mortes evitáveis registradas em território norte-americano estão associadas a escolhas diretamente ligadas ao modo de vida e a como os cuidados com a saúde são encarados. Colocar essa realidade em números e com reforço científico é importante, pois é o estilo de vida norte-americano que pauta culturas em todo o mundo, incluindo na classe média brasileira, que poderia ser facilmente retratada na pesquisa em questão.
A boa notícia é que o estudo relaciona uma tendência de maior preocupação na busca por esses estilos de vida mais saudáveis à idade, ou seja, as gerações mais novas tendem a ter maior preocupação com a saúde. Sobre esse grupo, ele também é identificado como sendo mais propenso ao uso de aspirinas e menos adepto dos suplementos multivitamínicos.
O estudo foi publicado pela American Heart Association e pode ser conferido na íntegra em sua área de circulações, ou clicando aqui.

















