Diante de mais de 370 espectadores ao vivo, Helton Freitas, diretor-geral da Faculdade Unimed e também presidente da Fundação Unimed e da Seguros Unimed, abordou os principais desafios enfrentados pela Saúde Suplementar durante o webinar “Conecta: Gestão de Sinistralidade”. Transmitido no canal do YouTube da instituição de ensino, o evento foi realizado na última terça-feira (13) e já tem mais de mil visualizações.
“Esse, talvez, é um dos temas mais importantes que temos no momento”, disse, ao citar os principais motivos do aumento dos custos assistenciais. “Já se passaram dois anos e continuamos tendo impactos dessa pandemia [da Covid-19]. Além disso, tivemos flexibilizações por parte da agência regulatória, combinado com uma judicialização que eu chamo de pouco técnica, e o novo rol da ANS”, completou.
A taxa de sinistralidade dos planos de saúde médico-hospitalares, pontuou Freitas, bateu recorde em 2021, chegando em 86% — o maior das últimas duas décadas, quando o índice começou a ser divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. “Estamos vivendo um período de excepcionalidade. Agora, no primeiro semestre deste ano, temos números ainda maiores, que mostram o agravamento dessa situação”, ressaltou o gestor.
Entre outros pontos, o presidente da Seguradora citou a verticalização da marca, reforçando a necessidade de cuidado para não causar danos internos. “Nós temos uma realidade de verticalização dentro do Sistema Unimed, mas é fundamental que não pratiquemos a autofagia. É preciso que a gente tenha um realismo em relação a custos e, portanto, em relação aos preços cobrados das Singulares”, destacou.
Parceria
Além de compartilhamento de conteúdo, foram apresentadas as soluções oferecidas pela Faculdade Unimed como uma parceria ativa e estratégica na gestão da sinistralidade das Singulares. São elas: diagnóstico, consultoria, mentoria e qualificação especializada. “Nós, da Faculdade Unimed, sabemos que o ponto maior de dor do Sistema Unimed neste momento é exatamente essa questão”, informou o diretor-geral da instituição.
Especialistas
Após a apresentação de Helton Freitas, que também abordou questões essenciais para quem atua dentro do maior modelo cooperativista de saúde do mundo, Andréa Marília Pinto, coordenadora da pós-graduação de Auditoria em Saúde, explicou o papel do auditor no controle da sinistralidade. Já Sérgio Bersan, coordenador da Assessoria em Gestão de Sinistro, apresentou casos reais e as dificuldades enfrentadas no mercado.