Resolver a vida pela internet se tornou um caminho sem volta para quem preza por praticidade e tem a rotina corrida. A web vem sendo usada em diversas atividades cotidianas e, há tempos, também é opção para cuidar da conta bancária – há quem nem coloque os pés na agência e resolva tudo pelo internet banking ou app.
Essa tendência abriu alas para os bancos digitais. Quem usa seus serviços tem pouco a reclamar: de acordo com pesquisa realizada pelas empresas Exceda e Cantarino Brasileiro – que entrevistou 1.004 clientes de bancos tradicionais e digitais de todas as regiões do País –, os usuários possuem altos índices de satisfação. Para que você fique mais inteirado e decida se este meio de atendimento é apropriado para seu perfil, levantamos as principais vantagens e desvantagens.
Vantagens dos bancos digitais
Se as filas nas agências causam grande dor de cabeça, as versões digitais apresentam uma solução: não há filas. Na pesquisa, 52% dos usuários de bancos digitais entrevistados consideram a disponibilidade de acessar sua conta a qualquer hora como um fator decisivo ao optar por este modelo.
O custo envolvido na manutenção da conta também é uma das grandes vantagens – 61% dos usuários de bancos digitais consultados na pesquisa afirmam que a taxa/economia foi o principal critério ao preferirem bancos digitais. “Por terem uma estrutura mais enxuta, eles podem também oferecer serviços com menores custos aos seus clientes. Daí a questão de muitos deles não terem qualquer tipo de tarifa para movimentação bancária”, explica o educador financeiro André Bona.
Além disso, a experiência do cliente pode ser mais satisfatória. “Assim como as filas, os grandes bancos muitas vezes oferecem atendimentos que deixam a desejar. Vários dos bancos digitais, por focarem em uma boa experiência ao cliente, acabam trazendo índices de satisfação muito maiores”, defende o master coach financeiro, Victor Barboza.
Toda essa conveniência é especialmente bem-vinda quando falamos de profissionais da saúde. “Se pensarmos que eles, muitas vezes, possuem uma rotina de horários complicada, consigo enxergar o benefício da conveniência que é realizar serviços bancários a qualquer horário do dia ou da noite”, completa Bona.
Já profissionais que também atuam como empreendedores têm nos bancos digitais um aliado: diversas instituições possuem contas para Pessoa Jurídica com taxas inferiores e processos simplificados.
“Esses bancos são um incentivo aos empreendedores a terem uma conta só para os seus negócios, facilitando o processo de controle e separação das finanças pessoais x finanças dos negócios. Além disso, os bancos digitais também possibilitam a emissão de boletos e cobranças, dando um caráter mais profissional aos negócios”, diz Barboza.
Desvantagens dos bancos digitais
A pesquisa realizada com usuários de bancos digitais mostrou que 45% deles não veem nenhuma desvantagem neste tipo de serviço bancário. Porém, 26% deste grupo vê como principal ponto negativo a ausência de agências físicas – algumas instituições não as possuem.
De fato, quem está mais habituado a serviços de bancos tradicionais pode estranhar a ausência de alguns itens. Por exemplo, algumas instituições digitais não oferecem talões de cheque ou conta poupança. Quem possui dificuldade com tecnologia também pode ter certa resistência e preferir o atendimento tradicional e presencial.
No entanto, Bona defende que é uma questão de adaptação. “Basta evitar a resistência à tecnologia. É tudo mais simples. Embora, no início, possa parecer que não, assim que uma pessoa se adapta, o trabalho que ela tem com serviços bancários acaba sendo quase zero, porque ela não precisa mais deslocar um minuto de sua rotina para realizar suas transações. Ela fará tudo de onde estiver, e do celular”, diz.
Quanto à desconfiança em relação à segurança e idoneidade, Barboza tem uma dica: “É fundamental verificar se as opções para abertura de conta são reguladas pelo Banco Central e outras instituições. Na sequência, checar quais são os serviços oferecidos e seus custos. Por fim, olhar portais como o Reclame Aqui e o Procon, o que também ajuda a analisar a reputação da empresa”, finaliza.