Realidade de muitos profissionais da área da saúde, mudar de cidade para trabalhar requer muito planejamento financeiro e de carreira. Para que essa experiência ocorra da melhor maneira possível, é fundamental levar em consideração questões como satisfação profissional e pessoal, crescimento na carreira e sacrifícios que devem ser feitos para alcançar os objetivos desejados.
“Mudar de cidade, dependendo para onde se vai, implica em uma prévia verificação e providências de toda infraestrutura que será necessária. Solteiros, por exemplo, tendem a se adaptar com facilidade. Casados necessitam de uma série de verificações abrangentes às necessidades familiares, como escolha da residência, escola para os filhos, oportunidades de trabalho para o cônjuge e todas as demais necessidades da família. Tudo isso deve ser levado em consideração no primeiro momento”, comenta a especialista em RH, Sonia Garcia.

Como se planejar para a mudança?
O primeiro ponto a ser colocado no planejamento, é o tempo que você pretende ficar na nova cidade. “Se existe a intenção do retorno, tenha as mesmas preocupações de antes da mudança. Caso tenha um imóvel, por exemplo, deixe algum familiar ou amigo responsável por ele e alugue-o pelo período de ausência. Também é importante administrar o seu networking durante o período de afastamento, para que, ao retornar, as relações necessárias estejam mantidas”, pondera Sonia.
Com uma mudança bem planejada, é possível minimizar os problemas. Porém, pode ocorrer uma não adaptação nas condições do trabalho ou de moradia na cidade. O ideal é que o profissional, antes da decisão, visite a cidade escolhida para a transferência, sempre acompanhado da família para que a decisão tenha maior suporte.
Satisfação profissional x crescimento na carreira
As duas questões podem andar juntas e estarem associadas à mudança de cidade, mas tudo depende dos valores do profissional. Em grande parte, o que prevalece é o crescimento na carreira, já que, geralmente, o salário tende a ser maior em determinados lugares pela falta de profissionais da saúde.
“Por esta razão, os profissionais optam por aproveitar esta oportunidade por um período e depois decidem se desejam retornar à cidade de origem. Também existem os que são ligados a causas humanitárias que encontram muita realização profissional em localidades de pessoas carentes. Ao encontrar o equilíbrio entre a satisfação profissional e o crescimento na carreira, é possível alinhar os dois objetivos”, ressalta Sonia.
Calcule o custo de vida do novo endereço
Antes de se mudar, pesquise os valores de aluguéis de imóveis, o quanto gastará em média com locomoção e qual é a disponibilidade de transportes públicos. Calcule tudo em cima da renda líquida disponível – ou seja, sua receita bruta menos as despesas regulares. Se essa relação é melhor do que a que você consegue na atual situação, vale a pena mudar.
“A decisão de mudança para outra cidade implica em elaborar um planejamento bem detalhado, considerando não somente os itens quantitativos (receitas e despesas) quanto os qualitativos – qualidade de vida, oportunidades de crescimento profissional e maior tempo de dedicação à família”, conclui o economista e consultor do Sebrae, Sergio Dias.


















