Um novo mercado de saúde suplementar começou a ser desenhado, cerca de três anos atrás, quando o cenário passou a ser desafiador para as operadoras de saúde, seja por conta do envelhecimento da população brasileira, pelo aumento do número de terapias, medicamentos e exames que brotam no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), seja pela inflação médica e questões regulatórias ou, ainda, devido às fraudes, que, todos os anos, são responsáveis por cerca de R$1,7 bilhão (dados da ANS) que escoam pelo ralo. Para discutir essas e outras questões relacionadas aos desafios da saúde suplementar e as possíveis oportunidades que possam ser criadas para driblá-los, líderes do Sistema Unimed se reuniram, entre os dias 16 e 19, em Comandatuba, na Bahia, para VI Simpósio Saúde Suplementar Bahia e Pernambuco e 1º. Encontro das Unimeds do Nordeste, que contou com a presença de autoridades, como o diretor-presidente da ANS, Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, e o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre Correa de Sousa.
Os presidentes da Unimed do Brasil, Omar Abujamra Junior, da Unimed Nacional, Luiz Paulo Tostes Coimbra, da Seguros Unimed, Helton Freitas, da Unimed Participações, Adelson Severino Chagas, o diretor Comercial, de Produtos e Marketing da Seguros Unimed, Elias Leite, e o consultor de Atenção Saúde Seguros Unimed, Gustavo Gusso, participaram do evento, como palestrantes e/ou moderadores. Em comum nos discursos deles e nos de demais dirigentes, a importância da troca de experiências e da intercooperação de modo que haja uma maior integração entre as Singulares e empresas do Sistema Unimed que favoreça o enfrentamento às dificuldades do setor, que contabilizou um prejuízo operacional de R$ 5,9 bilhões, em 2023.
Juntos, Abujamra, Tostes, Chagas e Freitas participaram do painel “Os Desafios e oportunidades para o Sistema Unimed no Cenário atual da Saúde Suplementar”. Além de moderar o painel sobre “Transição Demográfica e seus reflexos na Saúde Suplementar”, coube ao presidente da Seguradora do Sistema Unimed fazer uma palestra sobre um tema que tem sido muito debatido e sobre o qual ainda se têm muitos questionamentos, sobretudo no que se refere às terapias, procedimentos e responsabilidades: “TEA: diagnóstico e tratamento e os principais desafios do Sistema Unimed na rede própria, credenciada e no atendimento do intercâmbio”.
Em sua apresentação, Freitas citou o psiquiatra norte-americano Allen Frances, que apontou, na década de 1990, as três causas do aumento de diagnósticos de autismo: melhora da vigilância e do diagnóstico sem o preconceito de doença mental; introdução da transtorno de Asperger no DSM-IV (sistema diagnóstico e estatístico de classificação dos transtornos mentais), o que ampliou de modo considerável o conceito de autismo; e oferta de serviços e passaporte para obter mais atenção na escola e nos serviços de saúde. Entretanto, para o executivo, o tratamento do TEA não deve estar circunscrito apenas à área da saúde. Segundo ele, “as crianças autistas devem estar inseridas na vida das famílias e nas escolas, e não apenas durante 40 minutos de sessão por semana em terapias individuais”. De acordo com Freitas, em países da Europa e no Canadá a maioria dessas coberturas cabe ao setor educacional e não ao da saúde.
Coube a Elias Leite a palestra sobre “Sustentabilidade e cooperativismo e Jornada do Cliente”, ao lado de presidentes da Unimed Recife, Maria de Lourdes C. de Araújo, da FESP, Eduardo Ernesto Chinaglia, da Unimed Mercosul, Nilson Luís May, da Federação Centro Brasileira, Danúbio Antonio de Oliveira, da Unimed Federação Ceará, Francisco de Assis Sampaio, e da Unimed Federação Paraíba, Gualter Lisboa Ramalho. Pela Seguros Unimed, participou o diretor Comercial e de Produtos e Marketing, Elias Bezerra Leite.


















