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Home Saúde

Quanto custa uma vida?

Gonzalo Vecina por Gonzalo Vecina
3 de novembro de 2021
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Médico branco olha para a câmera de braços cruzados sob um fundo bege e coral.
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O Congresso recentemente propôs um projeto de lei que tornava automática a incorporação de medicamentos orais para tratamento de câncer que recebessem registro na Anvisa. O projeto aprovado pelo plenário, e vetado pelo presidente do Brasil, tornava desnecessária a avaliação tecnológica pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e, portanto, a decisão sobre sua incorporação.

Na mesma linha, existe outro projeto de lei em tramitação que prevê tornar obrigatória a entrega de medicamentos aprovados pela Anvisa e indicados para o tratamento de atrofia muscular espinhal (AME). Essa é uma doença rara que tem dois produtos para seu tratamento. O primeiro chama-se Spinrasa, aprovado em 2016 e com custo estimado em US$750 mil no primeiro ano. E não é um tratamento definitivo.

E está agora em processo de registro o Zolgensma, que oferece um tratamento definitivo para a mesma AME por US$2,1 milhões. O medicamento utiliza uma tecnologia de edição genética para corrigir um defeito congênito que leva à doença. Por meio do uso da técnica de edição genética chamada de CRISPER, ele corrige o defeito e cura a doença permitindo que a criança, que não passaria de dois anos de vida, possa ter uma existência, por hora, normal.

Estima-se que, apesar de ser uma enfermidade rara, os custos para o SUS poderão ser de cerca de R$5 bilhões por ano, somente com esse medicamento. A questão que está colocada é de quem pagará essa conta. Se for paciente do SUS ou de planos privados, essa criança deve receber o tratamento?

Nossa Constituição diz que a saúde é um direito dos cidadãos garantido pelo Estado, mediante políticas públicas. A Anvisa existe para permitir ou não a comercialização de produtos de interesse na atenção à saúde. A incorporação desse produto aprovado para atenção à saúde, como ocorre na maioria dos países (a exceção são os EUA), passa por mais uma análise que é a Avaliação da Tecnologia em Saúde – ATS. Somente depois dessa avaliação é que ele poderá ser incorporado aos tratamentos.

A ATS transformou-se em uma complexa especialidade médica voltada para tomar essas complexas decisões. A tentativa é buscar medir o impacto do tratamento em uma enfermidade e suas consequências no curso da doença e na qualidade de vida da pessoa tratada. É melhor do que as terapias em uso? O custo é menor? Aumenta a expectativa de vida? O  tempo de vida ganho permite uma vida com mais qualidade?

Embora ainda imperfeitas, as metodologias de avaliação da relação do impacto na doença e na qualidade de vida do paciente estão ficando cada vez melhores e permitem tomar decisões cada vez mais apuradas. Uma hipótese que tem sido adotada é o compartilhamento de risco com o fabricante da solução terapêutica, em que ele passa a responder com parte do pagamento caso a solução não ocorra. Mas outra pergunta que sempre fica por último para ser respondida é sobre o valor da vida humana. Não tem preço, mas tem custo?

Naturalmente não existem respostas boas. Mas essas vidas precisam ser salvas e, se aqui estamos discutindo poucos casos a um custo alto, este não é o problema mais importante. A discussão sobre a incorporação de quimioterápicos é muito mais complexa, pois envolve um grande número de pacientes com custos não tão altos, mas significativos no conjunto.

É notável o atraso do SUS em incorporar tratamentos na área da oncologia quando comparado aos medicamentos utilizados na área privada. Na área da oncologia, o tratamento de câncer de mama está defasado há 20 anos no SUS em relação ao que se utiliza corretamente na área privada no Brasil. E esse não é um exemplo, é a regra. A cirurgia minimamente invasiva está longe de ser a adotada no SUS, apesar de ser menos lesiva e ter melhores resultados.

A ATS no SUS é realizada pela CONITEC, – Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia – criada por lei, vinculada ao Ministério da Saúde e composta por um colegiado de 13 membros. Sua análise é muito dependente do ministro e está sempre contingenciada pela realidade orçamentária. Isso não é tão óbvio, pois quando se obedece a realidade orçamentária, o cidadão pode recorrer à justiça, em busca de que se restabeleça o direito à saúde via judicialização.

Juízes não costumam dar muita atenção à realidade orçamentária, embora ultimamente estejam até prestando alguma atenção a essa história da ATS. Como equacionar melhor essa questão tão delicada e complexa?

Não existe outra saída, senão ter um único órgão voltado para decidir incorporar tecnologia no país e que seja válido para quem compra plano de saúde ou é cliente do SUS – a saúde é um bem público e, portanto, o acesso à tecnologia deve ser único.

Quem não concordar pode sair do país e gastar seu dinheiro lá fora. Essa discussão ficou bem explícita no episódio da compra das vacinas. A fila é única e a chance de viver tem que ser igual para todos os brasileiros. Em uma sociedade civilizada, ter dinheiro não pode ser a diferença entre a vida e a morte.

Assim, ter uma agência independente que obedeça a um conjunto de regras aprovadas pelo legislativo e consensuadas pela sociedade deve ser o caminho para resolver esse conflito. E a realidade orçamentária? Tem que estar na previsão da lei. E o quanto custa uma vida? Também. Esse modelo é o adotado no Reino Unido por meio de um órgão chamado The National Institute for Health and Care Excellence – NICE.

Certamente, a criação de uma agência independente com essas obrigações não resolverá todos os problemas aqui expostos. Continuará dependente a questão do valor da vida e, para muitos, ela continuará a não ter preço.

Mas aí, a sociedade, as empresas e a cidadania terão que construir coletivamente um novo ordenamento que garanta regras de acesso que sejam aceitáveis.

Tags: ansAnvisamedicamentos oraisTratamento de câncer
Gonzalo Vecina

Gonzalo Vecina

Médico formado na FM Jundiaí em 1977, mestre em Administração pela EAESP/FGV em 1986. Professor assistente da FSP/USP desde 1988. Fundador e presidente da Anvisa de 1999 até 2003. Secretário municipal de Saúde de São Paulo em 2003/2004. CEO do Hospital Sírio-Libanês de 09/2007 até 01/2016. Atualmente, dedica-se a atividades docentes na USP, no mestrado profissional da FGV e participa de alguns conselhos – Conselho Consultivo da Cristália, do Horas da Vida, da Fundação Faculdade de Medicina da USP, Conselho da Fundação José Luiz Egydio Setúbal. Coautor, com Ana Malik, do livro Gestão em Saúde, da editora GEN, já na segunda edição. Participa de palestras e consultorias sobre gestão em saúde e P&D&I.

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