A busca por longevidade e bem-estar na terceira idade é uma realidade cada vez mais comum para os brasileiros. Vivemos mais, impulsionados por avanços da medicina, acesso à informação sobre saúde e maior conscientização sobre a importância de hábitos saudáveis.
O Brasil está passando por uma transformação demográfica significativa: o envelhecimento da população.
De acordo com o Censo Demográfico 2022, 10,9% da população brasileira, ou seja, mais de 22 milhões de pessoas, têm 65 anos ou mais. Esse número representa um aumento de 57,4% em relação a 2010, evidenciando um crescimento acelerado desse grupo etário
A maior longevidade dos brasileiros é resultado de avanços na saúde pública, acesso a cuidados médicos e condições de vida. No entanto, ainda existem grupos populacionais com expectativas de vida mais baixas, devido a desigualdade econômica e acesso limitado a serviços de saúde.
Entenda melhor o assunto e descubra como envelhecer com qualidade de vida!
Crescimento da população idosa
O expressivo da população idosa apresenta desafios importantes. O sistema de saúde, por exemplo, precisa se adaptar para lidar com uma maior demanda por serviços geriátricos, atendimentos especializados e tratamentos de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, que são mais comuns nessa faixa etária.
Além disso, há a questão da sustentabilidade da Previdência Social, que deve enfrentar pressões crescentes à medida que a proporção de trabalhadores ativos, em relação aos aposentados, diminui.
Um estudo divulgado pelo Banco Mundial em 2024, por exemplo, indicou que a sustentabilidade da previdência no país demanda reformas. A expectativa, se o programa não sofrer alterações, é que a idade mínima para o brasileiro se aposentar seja de 78 anos, até 2060.
Por outro lado, o envelhecimento da população também traz oportunidades. A chamada “economia prateada” (ou “silver economy”) está em expansão, com um mercado crescente de produtos e serviços voltados para o público sênior, desde tecnologia assistiva e a previdência privada, até turismo especializado.
Em meio a essas mudanças, o Brasil precisa desenvolver políticas públicas eficazes que garantam a saúde e qualidade de vida dos idosos, promovam a inclusão social e econômica desse grupo e adaptem a infraestrutura urbana às novas demandas.
Causas do envelhecimento
Uma das principais causas do envelhecimento e longevidade da população brasileira foi o desenvolvimento de novos medicamentos, vacinas e tratamentos médicos que permitiu um maior controle de doenças infecciosas e crônicas.
Outros fatores importantes foram:
- Expansão dos serviços de saúde pública: como campanhas de vacinação, programas de nutrição e saneamento, que diminuíram a mortalidade infantil e aumentaram a longevidade;
- Acesso à água potável e saneamento básico: pois a incidência de doenças transmitidas pela água foi drasticamente reduzida;
- Alimentação balanceada: rica em nutrientes e que ajudou a prevenir doenças;
- Melhorias nas condições de habitação: como a construção de casas mais seguras e o acesso à eletricidade;
- Educação e conscientização: visto que pessoas com acesso a informações evitam o consumo de drogas, tabagismo e álcool;
- Redução da taxa de natalidade: muitos países, incluindo o Brasil, estão passando por uma transição demográfica, na qual as taxas de natalidade caem enquanto a expectativa de vida aumenta;
- Tecnologia: como diagnósticos por imagem, cirurgia robótica e terapias personalizadas aumentaram a eficácia dos tratamentos médicos, prolongado a vida das pessoas;
- Inovações na medicina: descobertas científicas e inovações na medicina, como a terapia gênica e tratamentos para doenças degenerativas, têm permitido que as pessoas vivam mais;
- Adoção de hábitos saudáveis: incluir na rotina uma alimentação equilibrada, exercícios físicos, controle do estresse e boas práticas de sono, contribuem significativamente para o aumento da longevidade.
Impactos do envelhecimento
Hoje em dia os idosos são pessoas ativas, consumidores exigentes e que, muitas vezes, são responsáveis pelo sustento da família. Quando questionados, eles afirmam que o que mais querem é estar com a saúde equilibrada e ter tempo para desfrutar de bons momentos. Portanto, a sociedade precisa se preparar para acolhê-los.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) as mudanças necessárias são :
- Sistema de saúde: aumento da demanda por serviços de saúde e bem-estar especializados para a população idosa, como cuidados geriátricos e reabilitação.
- Mercado de trabalho: necessidade de adaptar o mercado de trabalho para receber os idosos que desejam permanecer ativos.
- Previdência social: pressão sobre o sistema previdenciário, devido ao aumento do número de aposentados.
- Política pública: exigência de políticas públicas específicas para atender às necessidades da população idosa, como habitação, transporte e lazer.
As desigualdades sociais se manifestam de forma acentuada no processo de envelhecimento. A classe social também exerce um papel fundamental, com os idosos de baixa renda enfrentando maiores dificuldades para garantir uma velhice digna.
Como promover o cuidado aos idosos?
O papel dos cuidados primários e dos profissionais de saúde comunitários é essencial para a OMS. Segundo as novas diretrizes da organização para o cuidado integral da pessoa idosa, esses serviços devem ter como meta prevenir, diminuir ou reverter os declínios nas capacidades físicas e mentais do idoso.
Além de uma avaliação integral da saúde do idoso, o indicado é a criação de um plano de cuidados, o que exige uma melhor integração dos profissionais da saúde e da família.
Qual a importância da atividade física na saúde e qualidade de vida?
Entre as atividades físicas preferidas dos idosos, estão a caminhada na praia ou parques, assistir televisão e viajar. Sete em cada dez deles também gostam de realizar alguma atividade que desafie o cérebro, como a leitura.
Inseridos no mundo digital, eles também são o grupo que mais cresce entre os usuários da internet. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE de 2022, os idosos estão cada vez mais conectados, com 62,1% deles utilizando a internet.
O envelhecimento populacional é um fenômeno irreversível que exige uma adaptação de toda a sociedade. É fundamental investir em políticas públicas que promovam o envelhecimento saudável e ativo, garantindo os direitos e a qualidade de vida dos idosos.
Ao mesmo tempo, é preciso aproveitar as oportunidades geradas por essa nova realidade demográfica, como o aumento do poder de consumo e a valorização da experiência.
Como promover uma vida mais saudável e qualidade de vida, em todas as idades?
Promover uma vida mais saudável e qualidade de vida em todas as idades requer uma abordagem multidisciplinar que abrange:
- Alimentação balanceada;
- Atividade física regular;
- Cuidados preventivos de saúde e bem-estar mental.
Especialistas recomendam que desde a infância sejam incentivados hábitos alimentares saudáveis e a prática de exercícios; enquanto, na fase adulta e na terceira idade, é crucial manter um acompanhamento médico regular para prevenir e tratar condições crônicas.
A importância do cuidado com a saúde mental
Os seus pensamentos são responsáveis por te motivar ou desmotivar a cumprir com as tarefas do dia a dia. Além disso, quando você foca nas coisas ruins, desestabiliza os hormônios do seu corpo, reduzindo aqueles que causam a sensação de prazer e elevando os responsáveis pela ansiedade, medo e depressão.
Dito isso, o cuidado com a saúde mental é fundamental para o bem-estar geral e a qualidade de vida em todas as idades, pois ele nos permitirá manter relacionamentos saudáveis e alcançar nossos objetivos.
Cultivar uma saúde mental equilibrada envolve a gestão do estresse, a promoção de um ambiente social positivo e a busca de apoio, quando necessário. Para isso, podem ser realizadas atividades como:
- Meditação;
- Exercício físico moderado, como caminhadas, dança ou esportes;
- Hobbies, como costurar, viajar, pintar;
- Terapia, considerando as terapias ocupacionais e aquelas realizadas com um profissional de psicologia.
Quais são os 4 tipos de qualidade de vida?
Para que uma pessoa tenha qualidade de vida nos dias de hoje, ela precisa ter sucesso nos quatro principais pilares da qualidade de vida, sendo eles:
1. Qualidade de vida física
Este pilar está relacionado ao corpo daquele que deseja viver mais e melhor. Por isso, ele engloba aspectos como nutrição, exercício, sono e a ausência de doenças. Desse modo, ao cuidar do corpo, buscando tratamentos médicos adequados quando necessário, a expectativa de vida aumenta.
2. Qualidade de vida mental
A frase ‘Conhece-te a ti mesmo’, inscrita no templo de Apolo em Delfos, não é apenas uma reflexão filosófica antiga, mas também um princípio vital para a saúde mental e a longevidade.
O autoconhecimento desempenha um papel crucial no bem-estar psicológico, permitindo que indivíduos compreendam suas emoções e comportamentos, o que ajuda na gestão do estresse e na busca de apoio.
Conhecer a si mesmo leva a escolhas de vida mais saudáveis e equilibradas, impactando positivamente a longevidade. Já que, ao entender suas próprias necessidades e valores, é possível adotar um estilo de vida que promove uma saúde mental sólida e uma vida mais longa e gratificante.
3. Qualidade de vida social
O âmbito social é aquele das relações com seus familiares, amigos, chefes, entre outros. Em outras palavras, diz respeito à qualidade das interações e relações sociais, incluindo a presença de uma rede de apoio, relacionamentos saudáveis e a sensação de pertencimento.
Uma boa qualidade de vida social é alcançada com a construção e manutenção de conexões significativas com amigos, familiares e a comunidade.
4. Qualidade de vida econômica
Infelizmente, é difícil conquistar uma boa qualidade de vida sem dinheiro. Isso porque os recursos econômicos são necessários para satisfazer necessidades básicas, como moradia, alimentação e cuidados médicos, além de ter oportunidades para melhorar a situação econômica e alcançar metas pessoais.
Qual a importância de ter uma boa qualidade de vida?
Quando falamos em qualidade de vida, estamos nos referindo a uma combinação de saúde física e mental, satisfação pessoal e boas relações sociais.
Manter uma saúde física e mental equilibrada não só ajuda a prevenir doenças e gerenciar o estresse, mas também aumenta a sensação geral de felicidade e realização.
Além disso, uma qualidade de vida elevada contribui para relacionamentos mais saudáveis e redes de apoio robustas, o que fortalece o sentimento de pertencimento e suporte emocional.
Esse bem-estar também se reflete na produtividade e no desempenho em diversas áreas da vida, além de fornecer a base necessária para enfrentar desafios e se adaptar a mudanças.
Vimos até aqui, que o envelhecimento da população brasileira apresenta um panorama repleto de desafios e oportunidades. À medida que a expectativa de vida aumenta, é essencial que a sociedade se ajuste a essa nova realidade, promovendo políticas públicas que garantam a qualidade de vida para todos os idosos.
Investir em um envelhecimento saudável e ativo não só melhora a qualidade de vida das pessoas mais velhas, mas também abre portas para novas oportunidades econômicas e sociais, como a economia prateada.
Ao adotar uma abordagem que abarca a saúde e qualidade de vida física, mental, social e econômica, garantimos que todos, independentemente da idade, desfrutem de uma vida longa, plena e satisfatória.
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