Investir é um primeiro passo muito importante para garantir o futuro e realizar seus sonhos. No entanto, apenas aplicar não é suficiente: é preciso checar de perto se os investimentos escolhidos estão tendo o desempenho esperado e se eles ainda estão de acordo com seus objetivos de vida. “Às vezes, as metas mudam e isso pode gerar a necessidade de fazer ajustes nas aplicações”, afirma o educador financeiro André Bona.
Desta forma, há uma série de passos que os investidores novatos podem seguir depois de darem o primeiro passo para otimizar os rendimentos. Veja algumas sugestões.
- Acompanhe da forma correta
Algumas aplicações oscilam mais, enquanto outras são mais estáveis – caso da renda fixa, como Tesouro Direto e CDB. Especialistas defendem que se acompanhe esses investimentos em intervalos iguais ou maiores a um mês para evitar ansiedade. Uma boa oportunidade para checar se está tudo dentro do planejado é no momento da aplicação mensal. “Se o investimento tiver sido feito por uma empresa, o investidor pode pedir relatórios mensais a ela”, comenta a coach financeira Soraya Salomão.
Já na renda variável, o acompanhamento deve ser mais frequente. “Isso porque, conforme o nome indica, ela traz diversas oscilações em um dia”, diz Luciana Fiaux, especialista em finanças e negócios.
- Atente-se ao noticiário econômico
Sua importância é secundária na escolha do investimento ideal – que deve ser feita de acordo com fatores individuais, como objetivo, montante disponível, horizonte de tempo e perfil de investidor. Porém, isso não anula a importância deste item, pois o cenário econômico influencia fortemente os rendimentos.
Na renda fixa, por exemplo, a rentabilidade está atrelada à taxa Selic, seja direta ou indiretamente. Enquanto o Tesouro Selic, conforme o nome indica, tem como base a taxa básica de juros, a base da rentabilidade do CDB está no CDI – Certificado de Depósito Interbancário, taxa usada para os bancos emprestarem dinheiro entre si e que costuma acompanhar a taxa Selic. “Com os juros caindo, a performance dos fundos também cai. Por isso, o acompanhamento é extremamente importante para fazer os movimentos de entrada e saída dos investimentos de forma pontual e, com isso, evitar os riscos de perdas”, justifica Silvinei Toffanin, fundador e diretor da Direto Contabilidade, Gestão e Consultoria.
- Pense em diversificar
A sabedoria popular ensina a evitar colocar todos os ovos em uma mesma cesta. Investir seu dinheiro em mais de uma aplicação pode garantir rendimentos mais atrativos, assim como certa dose de segurança. “A diversificação acontecerá naturalmente de acordo com o planejamento individual, já que cada investimento serve para um tipo de finalidade. Logo, na medida em que um investidor traça seu planejamento financeiro com objetivos de curto, médio e longo prazo, ele começará a dividir suas aplicações da mesma forma”, orienta Bona.
- Observe os vencimentos
Investimentos de renda fixa possuem data de vencimento. Portanto, é preciso saber qual é a das suas aplicações para decidir o que fará quando isso acontecer. Existem algumas possibilidades, como reinvestir na mesma aplicação, colocá-lo em outro investimento ou até mesmo resgatá-lo para usá-lo. Isso evita que o dinheiro fique parado na conta corrente sem render.
- Não resgate antes da hora
Enquanto alguns investimentos não permitem isso, outros sim, mas com uma penalidade de rentabilidade. Há, ainda, uma parcela que, em caso de resgate antecipado, não garante a remuneração previamente contratada. “Sendo assim, sacar o dinheiro antes da hora significa que o investidor não se planejou bem e, com isso, pode ter rentabilidade pior. Sem falar nos eventuais custos operacionais e impostos que acabam acontecendo nessas operações antecipadas”, alerta Bona.
- Considere a renda variável
Investir na bolsa e outras aplicações do tipo pode ser assustador para quem possui perfil conservador. No entanto, pessoas mais arrojadas podem pensar a respeito. Antes, pesquise muito e garanta uma reserva de emergência – que deve conter entre 6 e 12 meses do custo de vida mensal. A renda variável é indicada para formação de patrimônio em longo prazo, acima de 5 anos, desde que você tenha perfil para suportar as altas oscilações. “Caso seja conservador, tenha menos de 30% de seu patrimônio investido nesse tipo de aplicação”, recomenda Fiaux.


















