Uma das doenças que mais cresce no Brasil, a diabetes é responsável por causar sérios danos à saúde. Nos últimos 10 anos, o número de diagnósticos cresceu 61,8%, passando de 5,5% da população, em 2006, para 8,9%, em 2016. Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgados pelo Ministério da Saúde em 2017, os registros da doença aumentaram entre as mulheres. Entre elas, o percentual passou de 6,3% para 9,9%, enquanto entre os homens o aumento foi de 4,6% para 7,8%.
O estudo revelou ainda que o Rio de Janeiro é a capital com maior número de diagnósticos médicos de diabetes, com 10,4 casos para cada 100 mil habitantes, seguida por Natal e Belo Horizonte – ambos com 10,1 casos. Entre brasileiros de 55 a 64 anos, o índice é de 19,6%, enquanto entre pessoas com idade entre 18 e 24 anos é de 0,9%.
“A diabetes é uma doença cercada de mitos e de dúvidas, por isso, algumas pessoas não entendem a gravidade dos danos que pode causar, como afetar a capacidade de filtragem dos rins, reduzir drasticamente a sensibilidade em várias partes do corpo e aumentar em 40% a chance de desenvolver glaucoma, que é pressão alta nos olhos, e em 60%, a catarata. Esses são apenas alguns dos danos”, comenta o cirurgião geral e médico responsável pelo HCJ Especialidades Médicas, Giovani Moeckel de Carvalho.
Conscientizar o paciente dos riscos é o primeiro passo
Por ser uma doença silenciosa, muitos pacientes a descobrem em estágio já avançado. Porém, com o tratamento correto e orientação médica, é possível viver de forma ativa e saudável. Mas é preciso ficar atento à saúde e ao desenvolvimento da diabetes. “Algumas pessoas têm um entendimento de que a doença é facilmente controlada, outras desistem desse ‘controle’ por saberem que não têm cura e precisarão de cuidados ao longo da vida. Há ainda quem simplesmente não queira mudar hábitos alimentares”, pontua Carvalho.
O médico e diretor da Clínica Ser Integral de Santos, Roberto Debski, explica que, por conta da baixa produção de insulina pelo pâncreas que se encontra deficiente, a glicose não é absorvida pelas células dos órgãos e permanece em excesso na corrente sanguínea. “Esta condição, ao longo do tempo, lesiona as células, os nervos periféricos, causa danos vasculares e arteriais e desencadeia doenças como cardiopatias e infarto do miocárdio, falta de circulação distal e neuropatia com gangrena nos dedos dos pés e lesões vasculares e nos nervos no pênis, o que causa impotência sexual.”
Por causa dos diferentes tipos de diabetes, é imprescindível o acompanhamento do profissional de saúde em cada caso. “É preciso certificar-se que o paciente entendeu em qual tipo ele se enquadra, o que precisa fazer após a consulta e também se sabe a gravidade da doença”, esclarece Carvalho.
Parte do tratamento é mudar o estilo de vida e a alimentação. “Os alimentos processados, que contém açúcar e carboidratos refinados, não devem fazer parte da alimentação do diabético. Ela deverá ser equilibrada e as fontes de carboidratos devem ser de alimentos realmente integrais e naturais como leguminosas, frutas e cereais integrais. O portador de diabetes tipo 2 deve ter um estilo de vida ativo e saudável e sua alimentação ser o mais natural possível”, ressalta Debski.
Para auxiliar o paciente durante o tratamento, a Unimed conta com o Programa de Atenção Domiciliar, que dá total assistência neste e em outros casos. Por meio dele, é possível que o paciente que está hospitalizado tenha a transição do seu cuidado para casa com a ajuda de cuidadores especializados.
Podem utilizar o serviço desde recém-nascidos a idosos. Após avaliação médica, pacientes com problemas de saúde controlados e com prescrição podem manter o acompanhamento médico em domicílio.
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