A telessaúde foi um dos assuntos de destaque do HIS (Healthcare Innovation Show) neste ano. O termo, que é diferente da telemedicina, envolve uma área ampla da saúde, ou seja, pode ter relação com pesquisas, capacitações profissionais, aulas, conferências, além dos atendimentos médicos.
Já a telemedicina fica mais focada nas consultas médicas, emissão de exames e laudos, por exemplo. Durante o evento, o diretor médico de Digital Health da Hapvida, José Luciano Monteiro Cunha, destacou a diferença entre os termos:
“Falamos em telessaúde nos referindo ao uso da tecnologia em todos os níveis de atendimento do sistema e do acesso a recursos para transformar o atendimento dos pacientes. Telemedicina está ligada ao atendimento e monitoramento médico, propriamente dito”, disse, segundo o site Saúde Business.
Telessaúde veio para ficar
A pandemia do coronavírus é o melhor exemplo para mostrar a importância da telessaúde e telemedicina. Hospitais, médicos, clínicas, todos esses locais foram “obrigados” a se atualizar e incluir o atendimento online que, como os dados já mostram, veio para ficar.
A utilização da telemedicina, por exemplo, atingiu o pico no Brasil em 2021, segundo dados da pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). Pelo menos metade da população brasileira tinha realizado o serviço nos últimos 12 meses.
De acordo com o levantamento, a telemedicina foi mais utilizada entre as pessoas de maior renda, classes A e B (42%). Em seguida, aparecem as classes C, com 22%, e as classes D e E, com 20% da demanda.
Segundo outra pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre telemedicina, cerca de 90% dos médicos que atenderam no processo online pretendem continuar mantendo o formato. Além disso, 7 em cada 10 pacientes ficaram satisfeitos com a experiência.
Ainda segundo o estudo, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados, por mais de 52,2 mil médicos, via telemedicina no Brasil. Destes, 87% foram de primeiras consultas, que podem ter evitado uma ida desnecessária ao hospital.
Quais os benefícios da telessaúde?
Um dos grandes benefícios é oferecer assistência à saúde a um número maior de pessoas, contribuindo para uma maior igualdade entre as populações e reforçando o aumento da qualidade, equidade e da eficiência dos serviços.
A telessaúde também é capaz de oferecer transferência de conhecimento entre profissionais da saúde que têm necessidade de discutir um caso clínico ou para conseguir uma segunda opinião – caso as localizações estejam muito distantes.
Além dos benefícios citados acima, há outras vantagens, como:
- Otimização de tempo do paciente e do profissional;
- Redução de custos;
- Prestação de serviço mais assertiva;
- Laudos médicos mais ágeis.
Telessaúde enfrenta obstáculos
Ainda durante o HIS, Cunha, da Hapvida, comentou sobre os principais desafios que enxerga na telessaúde no país. Para ele, os obstáculos são investimentos em infraestrutura tecnológica, aumento da eficiência operacional, da governança e a estruturação de políticas públicas estruturantes e de acesso de todos.
“Não basta apenas dispor de um celular; é preciso contar com uma estrutura de suporte para engajar a população no sistema. O governo também precisa intervir para criar políticas estruturantes para garantir acesso a toda a população e educar usuários e também os profissionais”, afirmou.
Outro ponto que atrapalha a digitalização da saúde é a cultura dos profissionais de saúde no uso de tecnologia e nas conectividades – alguns podem encontrar dificuldades neste processo.
A Seguros Unimed oferece telemedicina
Os clientes do seguro-saúde contam com um canal 24 horas para receber orientações sobre o que fazer em caso de sintomas da doença – antes de ir ao hospital. Para acionar o serviço, baixe ou atualize o aplicativo da Seguros Unimed. Ou ligue para o telefone 0800-892-4888. Após o primeiro contato, sempre que indicado, você se conectará com um médico, em até 30 minutos, ou poderá agendar um horário.