Atualmente, quando se fala em inovação e empreendedorismo, pensa-se automaticamente em startups. Isso porque praticamente qualquer atividade, processo ou serviço, por exemplo, pode ser o pontapé inicial para a criação de uma organização que, em meio a um cenário de incertezas, possui um modelo de negócios inovador, repetível e escalável – e que, com isso, atente à demanda da população. Para entender a definição, basta olhar ao redor. Quem um dia imaginaria que estaríamos usando aplicativos para compartilhar bicicletas ou patinetes? Ou ainda que poderíamos transformar até mesmo o ato de amamentar em projeto de startup?
Pensando no cenário brasileiro, essas empresas ganharam ainda mais força e destaque por conta da crise econômica pela qual o país atravessa. Isso porque esse mercado é, de certa forma, novo no país e tem enorme potencial de crescimento, principalmente por conta das demandas da sociedade. Por isso, “estar bem antenado ao que acontece no mundo e se manter constantemente atualizado sobre o cenário de tecnologia é de extrema relevância”, explica Marcelo Smarrito, advisor estratégico e mentor da Stormia, a célula de inovação da Seguros Unimed.
Nesse sentido, existe um movimento expressivo das grandes e tradicionais empresas que, seja para renovar e modificar processos internos ou melhorar a experiência de seus clientes, almejam incorporar pensamentos, atitudes e até mesmo a cultura das startups. Para ajudá-las nessa transformação, surgem diversas iniciativas – vinculadas ou não a essas companhias –, as quais não somente se constituem como células de inovação do negócio, como também fomentam o contato e inter-relação entre startups, investidores e grandes corporações. Confira a seguir alguns exemplos:
Cubo
O Cubo Itaú, instalado na capital paulista, é um dos maiores centros de empreendedorismo tecnológico da América Latina. Lançado em 2015, fruto da parceria do Itaú Unibanco com o fundo de investimentos estadunidense Redpoint eventures, o hub tem como principal objetivo conectar empreendedores, grandes empresas, investidores e até mesmo universidades.
Por meio de infraestrutura, networking e conteúdo de educação empreendedora, o Cubo foi concebido como um local para discussão sobre novas tendências em tecnologia, inovação, modelos de negócios, formas de trabalhar e como desafiar os padrões estabelecidos. A iniciativa apoia desde startups digitais que já atuam no mercado a empreendedores que precisam de investimento para colocar seus projetos em prática. Para que uma startup seja residente ou membro do Cubo, por exemplo, ela precisa oferecer uma solução com potencial escalável que já tenha sido testada por clientes.
Distrito
Com um modelo semelhante ao do Cubo, o Distrito é uma plataforma de inovação para startups, grandes corporações e empreendedores. O hub tem como principal objetivo ajudar empreendedores a obterem sucesso, empresas a se transformar e investidores a gerar retornos mais consistentes.
A iniciativa trabalha nas frentes de venture (ao auxiliar investidores e aqueles que procuram recursos para alavancar seus negócios); intelligence (conectando empreendedores a grandes empresas); experience (oferecendo espaços de coworking para startups) e dataminer (ao atuar no desenvolvimento de reports sobre o mercado brasileiro de startups).
Stormia
A Seguros Unimed lançou, em 2017, a Stormia como parte da estratégia de inovação e com o objetivo de acelerar a transformação de seu negócio. Baseada em um modelo de gestão da inovação, a startup foi concebida como um espaço de pesquisa e experimentação de soluções digitais, garantindo maior liberdade e velocidade de criação e preservando a operação da empresa.
A célula de inovação reúne uma equipe multidisciplinar que atua nas frentes de redesenho da experiência digital, desenvolvimento de novos negócios e parcerias, na catalisação de projetos e na transformação da cultura da companhia. Além disso, objetiva consolidar a Seguradora como plataforma B2B2C de serviços digitais com foco em prevenção e bem-estar; se tornar uma fonte de oportunidades de negócios às cooperativas e ao setor de saúde; e desenvolver respostas a demandas específicas da empresa.


















