Lidar com a vida e sua fragilidade pode ser extremamente estressante – que o digam os profissionais da saúde. A pressão é grande e, quando não se arranja maneiras de conviver com ela, o corpo e a mente padecem. Há, ainda, casos onde acontece o abuso de substâncias, como álcool*.
Pensar em maneiras de aliviar o estresse não diz respeito apenas à qualidade de vida do profissional, mas também implica em maior segurança aos pacientes.
“Quando ele está doente, estressado, ansioso, depressivo ou com qualquer problema que o sobrecarregue, tem sua percepção comprometida e não consegue estar plenamente presente e pronto para cuidar de outras pessoas com atenção, escuta ativa, centrado no paciente, com raciocínio, nem tranquilidade, o que afeta em variados graus sua eficiência”, argumenta Roberto Debski, médico integrante do Núcleo Viver Bem (Atenção Primária à Saúde e Medicina Preventiva Unimed Santos) e do ANDE (grupo de apoio para pessoas com Ansiedade, Depressão e Estresse da Unimed), psicólogo e trainer em Programação Neurolinguística.
Desta forma, o que pode ser feito para amenizar a pressão entre médicos, enfermeiros, psicólogos e tantos outros profissionais da área?
Bem-estar físico e mental
A Medicina Preventiva defende que, quando há cuidados constantes com a saúde, o risco de doenças se instalarem é menor. Este conceito é muito difundido entre os pacientes, porém, é pequena a parcela de profissionais da saúde que, de fato, cuidam de sua saúde.
Vale enfatizar que qualquer cuidado com a saúde se refletirá no bem-estar mental – logo, ajudará o profissional a lidar com a pressão e estresse inerentes da profissão.
Manter uma rotina de exercícios físicos, por exemplo, é fundamental para prevenir e combater uma série de males. Sabe-se, por exemplo, que isso afasta doenças como hipertensão arterial, artrite, artrose, hipercolesterolemia e até mesmo ajuda a regular o ciclo circadiano, ajudando a dormir melhor.
Além disso, os benefícios se estendem à mente e ao cérebro, visto que atividades físicas liberam uma série de neurotransmissores importantes para aliviar a ansiedade e estresse.
“Dentre estas substâncias estão as endorfinas, dopamina, serotonina e o BDNF [sigla do inglês para Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro], que é um neurotransmissor que aprimora e amplia as conexões entre os neurônios, melhorando a cognição e a memória e a vivência de estados de bem estar e satisfação”, afirma Debski.
Check-ups regulares e alimentação saudável também entram em cena para manter corpo e mente sãos. Há, ainda, alguns hábitos que tomam pouco tempo e podem ser encaixados na rotina, proporcionando bem-estar mental. É o caso da meditação e da leitura regular de textos e livros que não dizem respeito à sua área de atuação – como ficções e crônicas.
“Meditar regularmente altera a química cerebral, reduzindo o nível dos hormônios do estresse e da ansiedade, como a adrenalina e o cortisol, e aumentando os neurotransmissores do prazer e bem-estar, como as encefalinas e a serotonina”, comenta Debski.
Você pode colocar isso em prática em pequenas pausas ao longo do expediente, sempre que possível. “Tirar o foco do problema e desligar um pouco aumenta comprovadamente a produtividade”, diz coach Laura Silva.
Com a rotina corrida, é válido contar com ajuda profissional – até mesmo para lhe lembrar de cuidar de si mesmo. Clientes da Seguros Unimed têm acesso à Unidade de Atenção à Saúde, que conta com o programa Medicina Preventiva. Nele, os segurados contam com informações e orientações importantes para cuidar de sua saúde e adotar hábitos de vida saudáveis.
“Enquanto estamos cumprindo nossa missão pessoal e profissional, devemos ser, na medida do possível, exemplos possíveis e reais de saúde e qualidade de vida, buscando promover a saúde e evitar as doenças, antes de somente buscar tratá-las quando já deflagradas – inclusive e principalmente começando por nós mesmos”, finaliza Debski.