Programas voltados ao paciente com doenças crônicas são cada vez mais importantes. Segundo dados do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 57,4 milhões de brasileiros (40% da população) possuem ao menos uma doença crônica não transmissível (DCNT). Elas são responsáveis por mais de 72% das causas de morte no Brasil.
Apesar de cada instituição oferecer uma abordagem diferente, todos partem da premissa de que é possível, com ações conjuntas, melhorar a qualidade de vida desse paciente e diminuir intervenções desnecessárias.
Para isso, a atenção primária e multidisciplinar é uma grande aliada. Um exemplo é o programa Cuidando de Perto, da Seguros Unimed. O objetivo do programa é melhorar a qualidade assistencial prestada aos segurados e consequentemente sua qualidade de vida. Com isso aumentar a satisfação desses segurados e, também, otimizar custos assistenciais.
Quem está à frente desse projeto é a enfermeira e coordenadora da Unidade de Atenção à Saúde Renata Gonçalves. Segundo ela, no Brasil, vivemos uma epidemia de doenças crônicas, por isso se faz necessário adotar boas práticas no trato desse tipo de paciente. “A população crônica precisa de uma atenção de saúde coordenada, que garanta integralidade e logitudinalidade”, explica.
Conheça a iniciativa
O projeto Cuidando de Perto foi criado em 2016 e atende pacientes portadores de doenças crônicas de alto risco clínico em todo o país. O programa consiste no tele monitoramento clínico da população crônica de alto risco, e assistência domiciliar conforme os protocolos clínicos. A equipe responsável pelo atendimento é formada por enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistente social e médicos.
“Nosso trabalho busca mitigar a fragmentação do cuidado e otimizar o acesso aos serviços de saúde. Quando o beneficiário portador de doença crônica complexa, busca atendimento por conta própria, costuma ser encaminhado para vários especialistas, e serviços de saúde até conseguir iniciar o tratamento adequado“, diz Gonçalves.
O método aplicado pelo Cuidando de Perto conta com várias etapas. A primeira é a fase de identificação dos pacientes que possuem o perfil para participar do programa. Em seguida, é feito contato com os possíveis beneficiários, para validar a elegibilidade e classificar os riscos de saúde. Na terceira etapa inicia o monitoramento clínico e coordenação do cuidado. Garantindo adesão ao plano terapêutico proposto, educação em saúde, e auxílio no percurso assistencial. Faz parte das ações do monitoramento viabilizar agendamento de exames, consultas, terapias e outros atendimentos. O paciente é orientado pelo profissional de saúde, sobre suas condições de saúde para o melhor desempenho do seu tratamento Desta forma, cria-se um vínculo com o paciente, facilitando na estratégia do cuidado.
Resultados alcançados
Dados de 2016 e 2017 mostram que o Cuidando de Perto alcançou resultados expressivos nesse período. Cerca de 81% dos que conheceram a metodologia do programa resolveram participar. Para efeito de comparação, em agosto de 2016, o programa contava com 390 participantes. Em julho de 2017, esse número chegou a 1.800 pacientes ativos.
Os resultados financeiros também foram expressivos. Antes de o projeto ser implantado, gastava-se cerca de R$ 16 milhões com internações. Após o programa ser colocado em vigor, esse número caiu para cerca de R$ 7 milhões, ou seja, menos da metade do valor anterior. O gasto ambulatorial também caiu de R$ 4 milhões para R$ 3,5 milhões.
Engraçado sou portadora de doenças crônicas, hipertensa e outras patologias. Sou segurada da seguros Unimed e estava com um quadro gravíssimo e por em crível que pareça vcs não liberaram meu tratamento então isso significa que vcs são demagogos.