O hospital do futuro terá menos leitos, menos barreiras entre as diversas especialidades médicas e será focado em cuidados complexos. Essas são algumas conclusões do estudo “Hospital of the future: A new role for leading hospitals in Europe”, da IESE da Business School. Segundo a pesquisa, as mudanças ocorrerão em um futuro não muito distante, com esse sistema já em vigor em 2030.
O trabalho feito em colaboração com o Instituto Karolinska e com a consultoria Accenture é bastante focado na vivência do paciente. O estudo sustenta que há cada vez mais indícios de que os resultados na saúde estão intrinsicamente ligados com a experiência dos cidadãos ao receber os cuidados médicos.
Os dados para a pesquisa foram levantados entre 2013 e 2015 a partir de entrevistas com milhares de profissionais do setor. Em seguida foi estudada a realidade de dois hospitais tidos como referência, o Hospital Universitário Karolinska, na Suécia, e o Hospital Clínico de Barcelona, na Espanha.
A seguir, veja o que definirá o hospital do futuro, segundo o levantamento:
1 – Haverá uma maior partilha de informações em rede, o que vai aproximar os grandes hospitais dos menores e das clínicas.
2 – As novas tecnologias vão reduzir as barreiras existentes entre as especialidades médicas ao permitir, por exemplo, que um cardiologista realize algumas intervenções sem a necessidade de um cirurgião. Isso vai otimizar a partilha de recursos e a circulação dos doentes.
3 – A quebra de barreiras também ocorrerá por meio da organização do hospital que contará com cada vez mais equipes multidisciplinares capazes de acompanhar os pacientes ao longo de todo o processo.
4 – Os hospitais terão menos leitos, já que irão trabalhar em rede podendo contar com o apoio de outros hospitais, clínicas, etc.
5 – Os procedimentos de rotina, que envolvem consultas e exames, deverão ocorrer cada vez mais frequentemente nas clínicas e hospitais localizados próximos ao pacientes.
6 – Haverá novas funções na área médica com a chegada dos “gestores de caso” e dos “conselheiros de genética”. Os primeiros serão responsáveis por coordenar o percurso do paciente em todo o sistema de saúde. Já os segundos vão trabalhar para a prevenção de doenças a partir do DNA dos pacientes.
7 – A gestão dos hospitais contará com mais grupos e, por isso, os médicos e outras categorias de profissionais devem receber formação específica em administração e comunicação.