A experiência tem revelado que, no caso de doenças crônicas, o tratamento fragmentado tende a se tornar mais oneroso e também menos eficiente. Sem orientação e por não compreender os sintomas, o usuário pode entrar em contato com o profissional de saúde não adequado e, dessa forma, atrasar o diagnóstico e tratamento de sua real condição. Por isso, Unimeds em todo o país têm investido na Atenção Primária à Saúde.
É o caso da Unimed Grande Florianópolis. No modelo adotado pela cooperativa, o atendimento ambulatorial acontece inicialmente com o médico de família. Após a inclusão do paciente no programa, o profissional passa a ser sua referência e recebe a denominação de “seu médico”.
O programa conta com dois postos de atendimento: Ambulatório Médico da Unidade Própria, localizada no Centro de Florianópolis, e outro no Ambulatório Médico do Hospital Unimed, no município de São José.
Logo após se consultar pela primeira vez com o médico da família, o paciente que aceita participar do programa tem seus dados incluídos em uma planilha de controle que funciona como painel de monitoramento de sua saúde. Ali são incluídas informações relevantes, capazes de dar uma visão global do cliente, como data da última consulta, previsão de retorno, número de consultas realizadas nos últimos meses, fatores de ricos, atualização de vacinas, exames realizados ou que precisam ser feitos, entre outros, servindo como indicadores clínicos.
A equipe de atenção primária, formada por médico de família e comunidade, enfermeira especialista e técnica de enfermagem, avalia periodicamente o painel de monitoramento e realiza o rastreamento de doenças visando a prevenção. Dessa forma, quando a pessoa busca um novo atendimento, o profissional já possui acesso ao seu histórico de saúde, facilitando o acompanhamento ao longo do tempo.
Outra característica do modelo é ter uma agenda reservada, em parte, para atendimentos exclusivos e, também, para a demanda espontânea. Dessa forma, alguns serviços podem ser acessados rapidamente, em até cerca de 24 horas após sua solicitação, estimulando a busca por atendimento ambulatorial e desafogando o pronto atendimento. Essa procura fortalece o vínculo entre médico, paciente e equipe, já que o usuário constrói uma relação de confiança nos momentos que mais precisa.
Embora a maioria dos casos sejam resolvida na atenção primária, se houver necessidade de avaliação clínica específica, o próprio médico de família encaminha o cliente para outras especialidades médicas.
Desde a implantação, em maio de 2016, até novembro de 2017, foram realizadas 824 consultas pelos médicos de família e 635 atendimentos remotos por e-mail e/ou telefone pela equipe de apoio. Por meio do rastreamento de doenças foi possível ter um maior controle dos pacientes, possibilitando a prevenção de doenças, sustentabilidade da operadora e coordenação do cuidado.
Colaboraram com informações para essa matéria: José Francisco Zambonato, diretor de Contas Médicas, Cristiane Roberta Quadros, diretora de gestão operacional, e Marinês Ana Petri, gerente de Atenção à Saúde da Unimed Grande Florianópolis.