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Home Inovação e Tecnologia

Inovação e Resistência à Mudança

Gonzalo Vecina por Gonzalo Vecina
21 de janeiro de 2020
0
Inovação e Resistência à Mudança
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A inovação implica fazer de maneira diferente ou introduzir uma prática nova em um processo atual. Podem haver outras formas de expressão, mas fiquemos com essas. Assim, vamos analisar a questão da necessidade de fazer algo diferente para que a inovação ocorra, para isso, partiremos da premissa que as inovações introduzem uma transformação que, para ser aceita, deve melhorar ou pelo menos baratear um processo. Ou seja, o resultado da inovação é fazer melhor e ou com menor custo.

Se é assim, por que a resistência à mudança? Porque não sabemos como será o futuro e sabemos como é hoje, porque tememos o desconhecido e preferimos o conhecido, por pior que seja, porque em time que está ganhando não se mexe e por aí vai.

O dia 17/9 foi escolhido para comemorar o Dia da Segurança do Paciente. Uma data que busca lembrar que, atualmente, a terceira causa de morte em hospitais são os eventos adversos, em parte, evitáveis. O pesquisador da Fiocruz Walter Mendes constatou que, na rede hospitalar do Rio de Janeiro, a cada cem pacientes internados, 7,6 sofrem com eventos adversos que, em 66,7% das vezes, poderiam ser evitados. Além disso, os dados de outros países confirmam em maior ou menor grau esse desastre.

Como juntar o assunto inovação ao assunto segurança do paciente, e o tema resistência ao da mudança? Nesse ponto, quero abordar recuperando um importante capítulo da história da medicina que nos deve fazer refletir, hoje, e ter um novo olhar para a inovação.

O médico húngaro Ignaz P. Semmelweiss (1818-1865), formado em 1844, graduado com mérito, foi escolhido para atuar em uma maternidade em Viena. Isso ocorreu devido ao seu brilhantismo na graduação. Porém não era um homem de trato fácil, sendo persistente e mesmo rude e impaciente na defesa de seus princípios. Ele publicou um livro, em 1861 – A etiologia, o conceito e a profilaxia da febre puerperal –, em que apresentava dados de mortalidade de puérperas na maternidade e propunha um conjunto de inovações para reduzir essa mortalidade.

Ele observou que a mortalidade de mães era muito superior em enfermarias atendidas por médicos do que em enfermarias em que atuavam parteiras, bem como identificou um médico (professor Kolletscheka) que se feriu na sala de autopsia e veio a falecer em decorrência de um quadro que ele associou ao tipo de morte provocada nas puérperas. Baseado nessas observações, ele impôs uma série de medidas na sua enfermaria que incluíam condições higiênicas muito rígidas e o uso de uma solução clorada para a limpeza das mãos. Essas medidas foram iniciadas em 1847 e reduziram a mortalidade na enfermaria de 12,24% para 3,04%, no primeiro ano, e para 1,27% no segundo ano – tudo publicado no livro supracitado. Importante lembrar que, na época, prevalecia a teoria da abiogênese sobre os micróbios e os postulados da microbiologia somente seriam publicados, por Robert Koch, em 1882.

Apesar desses dados hoje parecerem tão assombrosos e as medidas sugeridas por Semmelweiss parecerem tão óbvias, ele foi muito estigmatizado e suas ideias não foram aceitas, assim, depois de um processo doloroso e longo, ele foi afastado da clínica, ridicularizado, voltou para a Hungria, onde atuou ainda como médico, mas acabou por ser internado em um asilo para doentes mentais, onde morreu em decorrência de um ferimento na mão, em 18/8/1865.

Contemporaneamente, na Inglaterra, Joseph Lister (1827-1912) era um cidadão quaker que, inclusive, chegou a estudar para ser pastor de sua crença, mas que ao fim se formou médico e foi atuar em Edimburgo, onde se casou com uma mulher que era anglicana (o amor foi mais importante do que sua fé, que era muito importante para ele) e, depois, foi atuar na universidade de Glasgow, quando publicou importante trabalho, em 1865, na revista Lancet.

Lister era muito sério e determinado, porém mais resiliente e conseguia conviver com seus adversários, alguns deles muito famosos, tais como o professor Simpson (1811-1870), que descobriu e introduziu o clorofórmio como agente anestésico e foi médico da rainha Vitória. Lister, sem conhecer as teses de Semmelweiss, propôs medidas semelhantes às dele para reduzir a mortalidade por quadros, então, inexplicáveis de febre e morte. A diferença foi o agente usado para auxiliar a limpeza, que se tratava do fenol (então ácido carbólico).

Lister foi atacado por muitos e importantes médicos da época, mas resistiu e continuou a produzir trabalhos mostrando dados da redução da mortalidade nas enfermarias em que atuava. Além disso, contou com a potência da revista Lancet, já existente na época, que publicava seus artigos e de seus detratores também. Já no final do século, seus trabalhos foram acreditados e ele se tornou o médico da rainha Vitória, assim, foi amplamente reconhecido e considerado o pai da cirurgia moderna, bem como o inventor da assepsia.

Duas histórias de dois inovadores que trabalharam com a mesma problemática ‒ um virou mártir e herói e hoje é considerado o pai do controle da infecção hospitalar, e o outro é um herói e considerado o pai da moderna cirurgia.

Qual a diferença?

Saber resistir aos inimigos das mudanças, persistir e colher mais evidências, dar transparência a seus dados e aceitar discuti-los em todos os ambientes, essas são ações fundamentais para que mudanças sejam aceitas e consigam transformar nossas organizações. Com certeza, ter dados também deve ser considerado, conseguir demonstrar que se trata de fato de uma ideia inovadora – melhor e/ou mais barata. Mas não é suficiente – é preciso enfrentar as críticas e sobreviver a elas, conseguindo demonstrar o valor de suas ideias para chegar a construir um mundo melhor. Viva a inovação e os inovadores!

Tags: InovaçãoInovação em SaúdeResistência a mudançaSegurança do Paciente
Gonzalo Vecina

Gonzalo Vecina

Médico formado na FM Jundiaí em 1977, mestre em Administração pela EAESP/FGV em 1986. Professor assistente da FSP/USP desde 1988. Fundador e presidente da Anvisa de 1999 até 2003. Secretário municipal de Saúde de São Paulo em 2003/2004. CEO do Hospital Sírio-Libanês de 09/2007 até 01/2016. Atualmente, dedica-se a atividades docentes na USP, no mestrado profissional da FGV e participa de alguns conselhos – Conselho Consultivo da Cristália, do Horas da Vida, da Fundação Faculdade de Medicina da USP, Conselho da Fundação José Luiz Egydio Setúbal. Coautor, com Ana Malik, do livro Gestão em Saúde, da editora GEN, já na segunda edição. Participa de palestras e consultorias sobre gestão em saúde e P&D&I.

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