Mesmo sendo articulista de cooperativismo, não posso furtar-me, ocasionalmente, de opinar a respeito de POLÍTICA. Até porque, por muitas décadas, o preceito de não envolvimento político dentre os princípios da doutrina cooperativista foi mal interpretado. O que deve ser evitado pelos dirigentes é a partidarização, e não a participação na vida política do país, pois isso é fundamental para o exercício da cidadania.
Portanto, expresso aqui minha opinião, que tanto serve, em conceitos, para os políticos brasileiros em fase eleitoral, quanto para os dirigentes associativos e cooperativistas, que a cada período de mandato também passam por processos eletivos em suas bases.
A liderança real e efetiva deve estar alicerçada em princípios e valores inegociáveis. Sua ruptura pela hipocrisia, falsidade e mentira desconstrói a dignidade do candidato ou dirigente. Qualquer psicólogo de mediana competência sabe que os pensamentos não verbalizados, ou seja, não transformados em palavras, representam a verdadeira intenção (ou vontade) do indivíduo, os quais, e por vezes, não correspondem às palavras que saem “da boca para fora”. Assim como nas histórias em quadrinhos, quando aparecem os balões em formato de nuvens sobre a cabeça dos personagens significando o que eles pensam, mas não dizem.
Parcela dos que assistem às manifestações dos candidatos no pleito atual, ou não interpretam, ou acreditam ainda na veracidade das frases bem constituídas e divulgadas pela mídia. Atentem-se para a farsa do politicamente correto. Desprezem aqueles que se igualam aos que choram nos velórios de seus desafetos, enobrecendo as virtudes do falecido. É a máscara que se apresenta no disfarce próprio da persona. Jamais esqueçam – nesses tempos de eleições – que o homem é o lobo do homem (“homo homini lupus”); é o predador da guerra de todos contra todos, como propôs Thomas Hobbes, em Leviatã. A verdade deveria ser a base das atitudes de apressados e loquazes faladores, a mando de seus marqueteiros. Mas de novo e sempre, o execrável conceito do politicamente correto predomina.
E assim como neste episódio – apenas elucidativo e ocasional – também, analisem as demais falas repetitivas e enfadonhas e avaliem se elas contêm traços de verdade. A palavra de origem grega PARRÉSIA carrega em si o conceito da coragem em falar a verdade e precisaria ser praticada pelos candidatos. Isso também vale para as candidaturas aos poderes executivo e legislativo, em curso no país, como para aqueles que se apresentam aos cargos nacionais, estaduais e regionais do Sistema Unimed.

Abdicar da verdade é matar a democracia.
	    	
		    
















